"Senhas de presença, apoio para trabalhos de proximidade com o eleitorado e ajudas nas deslocações podem fazer com que deputados recebam cerca de 2.700 euros a mais.
Há pouco mais de uma semana veio a público a polémica dos deputados
que, alegadamente, terão recebido a dobrar os apoios de deslocação dados
pelo Estado. Esta história foi-se desenrolando: houve saídas de cargos, renúncias à violação de responsabilidades éticas e agora, o Jornal de Notícias volta a levantar o
véu ao denunciar que no geral, há deputados da Assembleia da República
(AR) que podem ver o seu vencimento duplicar graças aos apoios e
subsídios que lhes são dados pelo Estado.
Segundo as contas do JN,
só durante o ano de 2017 o Estado terá gasto 3.221.092,76 euros só a
cobrir deslocações feitas por deputados (ir e vir para casa ou em
trabalho político no seu circulo eleitoral). Em 2018 os mesmos gastos já
vão nos 1.206.140,86 euros. São vários os valores que ajudam a
“engordar estas contas”, sendo que alguns deles, por exemplo, estão
ligados às viagens que alguns deputados têm de fazer entre os seus
círculos eleitorais e a AR. Um deputado eleito pelo Porto, por exemplo,
recebe mais de 800 euros por mês (0,32 euros por quilómetro, duas
viagens de ida e volta por semana). Um eleito por Faro receberá cerca de
700 euros por mês e outro por Bragança ficará pelos 1.250 euros.
A estes valores somam-se ainda vários outros..."
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António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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