Uma passagem de Beria, uma crónica de José Fernando Correia, publicada no jornal AS BEIRAS.
"Uma nota final que empresta certa «actualidade» à acção de Beria.
Ele terá sido, também, responsável pela organização de um laboratório especializado na produção de venenos, especialmente elaborados para a eliminação de «indesejáveis»…"
Em tempo.
Fumar era ber(i)a.
Deixei de fumar...
Beber era ber(i)a.
Continuei a beber...
Sexo era ber(i)a...
Deixei de ler.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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