Gosto da Aldeia porque, apesar de muita coisa que lhe aconteceu nos últimos 25 anos, para mim, continua um lugar maravilhoso.
Baralhou-se, quando quem mandou, julgou que a Aldeia podia ser o que não é.
Daí em diante, algures num passado que remonta a 2009, vivemos numa selva ligeiramente racional...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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