Pedro Pinto, um inventor português, natural de Leiria e,
actualmente, a residir em Mafra, acha-se com direito à autoria original do
«Oásis» da praia da Figueira.
A «bronca» deu-se na reunião Camarária do passado dia 15 de
Setembro de 1999, quando Pedro Pinto questionou a actual vereação, ao afirmar
ter entregue em 1996 na autarquia figueirense um projecto com o mesmo nome e
localização. Segundo o inventor, no projecto entregue há três anos constava a
«construção de um corredor perpendicular à praia e outro paralelo à marginal,
este último com passagens inferiores aos passadiços que são usados pelos
banhistas».
Os corredores seriam destinados ao transporte de turistas a camelo,
para a praia e vice-versa, e passeios ao longo do areal. Este projecto,
entregue em 1996, contemplava ainda «um lago com repuxo com cascata baixa, uma
zona arborizada, bar, jardim tipo oásis com rio e lago pequeno e uma possível
discoteca /bar subterrânea». Uma fase posterior, contaria também com «um ou dois
bares ao longo do corredor paralelo à marginal».
Sendo verdade que Pedro Pinto apresentou o projecto na
Câmara em 1996, mas que o mesmo foi indeferido pelo facto do «areal da praia
fazer parte dos designados espaços naturais, sendo também área da REN, de
acordo com o estipulado no PU em vigor», pergunta um leigo: o que é que,
entretanto, foi alterado para obviar estas dificuldades processuais e
implementar a execução em tempo record do oásis figueirense?
Será por o actual projecto – o que foi realizado – ter
eliminado os camelos?
Com animais típicos do Norte de África, ou sem animais
típicos do Norte de África, a dúvida subsiste:
Quem é o verdadeiro pai do oásis?
É que, pelos vistos, afinal havia outro ?!..
Em tempo.
Crónica Marginal de
António Agostinho, 19 de Setembro de 1999, publicada no jornal Linha do Oeste
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