As posições de Passos Coelho sobre uma refundação do Estado acelerada pelo corte de quatro mil milhões na despesa do Estado e que pretende impor ao povo português são cada vez mais reflexo de que a democracia em Portugal deixou de ser o governo do povo para se tornar no governo em nome do povo, com uma única divisa: «Pobreza. Ignorância. Autoridade.»
Via abrasivo
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário