António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Obrigadinho pá!.. Proença convenceu-me de vez: vou votar CDU...
Voto desde que vivemos em democracia.
A meu ver, votar é muito mais do que um dever: é uma obrigação.
Votar, é colaborar na definição das prioridades necessárias para todos nós.
Gostaria de estar completamente enganado, mas a prioridade, nos próximos 4 anos em Portugal, passará por tentar amenizar o sofrimento agravado dos que sempre mais têm sofrido.
Já que as pessoas não fazem o que deveriam fazer – tornarem-se sujeitos da história e serem elas o verdadeiro motor das transformações sociais e politicas para mudar as suas vidas - o partido que melhores garantias me dá de continuar a lutar pela prioridade acima referida é o PCP.
No Portugal de 2011, olhando com atenção todo o espectro partidário, sem sectarismos, verifico que o espaço politico que ainda me merece respeito é o da CDU: por ser um espaço que, não sendo perfeito, continua a ser o mais solidário e honesto.
Neste tempo difícil, de apreensão, de desorientação, de medo e de angústia com que se olha o futuro, mais uma vez, são os únicos em condições de defender quem na realidade tem necessidade e tem forçosamente de ser defendido nos penosos dias que em breve vão chegar...
Nada, nem ninguém, nos deve desviar da obrigação e dever de votar. Este, é o momento, de simultaneamente julgar e escolher. Em Liberdade e em consciência.
Proença, o da da UGT, aquela que também fez greve geral no passado dia 24 de Novembro, convenceu-me de vez. Nas eleições de 5 de Junho, não sendo militante de nenhum partido, e existindo como na realidade existem, várias hipóteses de escolha para a alternância, foi preciosa a ajuda de Proença na escolha do sentido do meu voto: CDU.
Obrigadinho pá!..
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2 comentários:
Faço minhas as palavras e decisão de António Agostinho,mas não precisei das palavras dos pseudo defensor dos trabalhadores.
Neste momento estou muito sectário e afirmo que meto na mesma balança fascistas e socretistas.Atenção eu digo Socretistas e não socialistas.Também os há de esquerda,embora cada dia sejam mais raros.
Quando Sócrates chegou a lider do PS calculei ia fazer merda.
Não esperei foi que fosse tão grossa e mal cheirosa.
Passados 6 anos de poder¸ este PS é a da lapa agarrada à rocha.
É a defesa desesperada dos cargos politicos, dos tachos, dos negócios, dos Almerindos e Coelhos que seguiram os passos do Ferreira do Amaral: no governo favorecendo as empresas, nas empresas esperando os favores do governo.
Na minha idade e pelso anos que hei-de viver a vitória do PSD não me aquenta nem arrefenta. O programa do PS e do PSD , no fundo vai dar ao mesmo.
E a sua execução depende deles do FMI e das circunstâncias…
A fome está à porta, e os portugueses com fome já votavam nas ruas ainda antes de se inventarem os sufrágios.
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