Não tenho seguido os debates televisivos. A excepção, foi a amena e inteligente cavaqueira entre Louçã e Jerónimo.
Em viagem, acompanhei na Antena 1 o debate Sócrates/Manela.
Do meu ponto de vista, este debate deixou tudo na mesma.
A avassaladora vitória de Sócrates não aconteceu. A humilhante derrota da Manela, também esteve longe de acontecer.
Portanto, do meu ponto de vista registou-se um empate técnico.
Seguramente, não vai ser por causa do tão aguardado debate de ontem, que as eleições do próximo dia 27 vão ser ganhas.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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