“.... uma das maiores dificuldades da Figueira foi o de sempre querer ter um pouco de tudo: turismo, porto e actividade portuária, indústria ... com o pensamento dos anos 50 do século passado.
Não fez apostas perspectivando o futuro. Acabou por...não ter referências significativas neste século! Um turismo sazonal, que durante o ano se coloca "em bicos de pés", com custos incomportáveis, para se poder afirmar; um porto que coloca dificuldades de navegação; uma indústria que não se afirma porque cria muitoa anticorpos, para não prejudicar outras actividades;... e quando surgem as oportunidades, serodiamente acorda para a realidade, debatendo e lamentando o que (não) foi feito para atrair investimento e desenvolvimento.
É um "filme" que passou (e vai continuando a passar a espaços ...) pela "sala de cinema" do burgo.”
Via quinto poder
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
mas que mudança! lindo!
Besito
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