Em Abril de 2001, uma das apostas de Pedro Santana Lopes para os últimos meses da sua presidência na Câmara da Figueira da Foz, foi o anúncio da construção de um aeródromo na zona sul do concelho, em plena Mata Nacional da Costa de Lavos.
O prometido projecto envolvia a construção de uma pista com 1500 metros de extensão e 35 metros de largura, bem como outros equipamentos, e ocuparia uma área de 46 hectares. O investimento total deveria atingir 2,5 milhões de contos.
Porém, a ideia da construção de um aeródromo na Figueira da Foz remonta aos anos 60 do século passado e tem conhecido mais recuos que avanços. Em 1965, a autarquia pediu ao Estado a cedência a título precário de uma área de 20 hectares na Mata da Costa de Lavos ou, em alternativa, na Mata de Quiaios, a norte.
Embora nessa altura, a DGF considerasse inconveniente a localização na Mata de Lavos - por estar aí em construção uma carreira de tiro -, o Estado acabou por ceder aquela área em 1972. Contudo, o aeródromo não avançou.
Durante os anos 90, a edilidade tentaria ainda por três vezes «ressuscitar» o projecto, mas sem sucesso. Recorde-se, que na segunda vez, em 1997, a câmara presidida então pelo eng. Aguiar de Carvalho, propôs também construir uma unidade fabril de montagem de aeronaves ligeiras, mas não só o Ministério da Agricultura indeferiu o pedido, como foi accionado um processo de reversão a favor do Estado da área de 20 hectares cedida em 1972.
Bom, o certo é que, decorridos todos estes anos, o Aeródromo, felizmente do meu ponto de vista, não passa de uma miragem.
Confesso: morando eu na Gala, teria medo (mas medo de verdade) de que um avião me caísse em cima. É, por isso, que com um certo alívio, registo a ineficácia da gestão do dr. Duarte Silva. Pelo menos neste caso concreto.
Portanto, decorridos todos estes anos (felizmente que estas coisas demoram sempre tanto tempo...), ponderados os prós e os contras, proponho que não se queira mais saber do Aeródromo da Figueira da Foz.
Monte Real fica tão perto...
Atenção candidatos, por um voto se ganha e por um voto se perde.
Eu não quero mais ouvir falar do projecto do aeródromo. No pleno gozo dos meus direitos, aqui declaro que só votarei no candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz, que me jure, de preferência com a mão direita solenemente estendida sobre a Bíblia, que construir um aeródromo nos terrenos da Mata da Costa de Lavos, JAMAIS (ler jamais com sotaque afrancesado).
Prefiro o deserto...
2 comentários:
Neste momento, a questão do aeródromo, também não me parece prioritária. Se, porventura, construirem o campo de golfe de 18 buracos então sim, poderá ter mercado para o tráfego aéreo de pequena dimensão. Se segmentos de atractividade, seria um elefante branco sem utilidade.
So tenho pena da quantidade de arvores que se abateram sem necessidade.
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