terça-feira, 6 de junho de 2006

Será possível iluminar o Sintético da Praia da Cova?


É um grupo de amigos da Cova e Gala, que gosta simplesmente de se divertir com a prática de desporto.
Uma vez por semana, normalmente às segundas-feiras, aí por volta das 21 horas, vai até ao Pavilhão do Sport Clube de Lavos, para realizar umas jogatanas.
Se são de S. Pedro, porque é que vão até Lavos, para jogar futebol de salão?
Porque, como todos sabemos, São Pedro não tem um Pavilhão Gimnodesportivo.
Pode ser que daqui por uns tempos, espera-se que não muito longos, as coisas se alterem, com a urbanização da antiga Alberto Gaspar & Cª. Ldª. ...
Vamos ver o que permite o PDM a definir para o local ... Há que aguardar ...
Todavia, cremos que, entretanto, são possíveis criar outras alternativas, não muito dispendiosas e exequíveis, que permitam aos jovens da nossa Freguesia a prática do desporto de lazer e entretenimento, à noite, depois do estudo, ou do trabalho.
Nesta altura do ano, de noites quentes e agradáveis, se, por exemplo, o sintético da praia da Cova tivesse iluminação, seria completamente escusado os nossos jovens deslocarem-se para uma freguesia vizinha, pagando do seu bolso, para se divertirem, de forma saudável e salutar, ocupando o tempo na prática do desporto.
Aliás, a iluminação daquele polidesportivo, permitiria, igualmente, ao Desportivo Cova Gala, uma infra-estrutura alternativa e de apoio, para desenvolver a sua meritória actividade em prol do fomento desportivo, junto da juventude de S. Pedro.
Não será possível iluminar o sintético da Praia da Cova?

ÀS TANTAS! ...


Os conselhos foram tantos,
Os amuos foram tantos,
Os receios foram tantos,
Os medos são tantos! ...

As preocupações foram tantas,
As mensagens foram tantas,
As missivas foram tantas,
As surpresas são tantas! ...

As sugestões foram tantas,
As provocações foram tantas,
As acusações foram tantas,
As certezas são tantas! ...

Tantas, tantas, tantas,
Que às tantas,
Temos de continuar.
São outras tantas! ...

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Quem é o Pai do FALA BARATO? ...





José Vilhena nasceu a 7 de Julho de 1927 na aldeia de Freixedas, perto da Guarda. O seu pai era um pequeno proprietário agrícola e a mãe professora primária. Aos dez anos foi para Lisboa estudar. Até ao quarto ano do Liceu, permaneceu na capital, mas foi depois para o Porto onde tinha uma tia. Após um ano de tropa, seguiu para as Belas Artes e cursou arquitectura. Porém, tinha começado a fazer desenhos para jornais e abandonou o curso no quarto ano. "Diário de Lisboa", "Cara Alegre", "O Mundo Ri" são alguns dos jornais e revistas onde trabalhou, nos anos 50, alternando com alguns trabalhos em publicidade. Fixou-se na zona do Bairro Alto, o "sítio dos jornais" onde convivia com os jornalistas. A partir dos anos 60 a sua actividade de escritor desenvolve-se. Os seus livros e os seus desenhos provocam-lhe problemas com a polícia, especialmente com a PIDE-DGS, constantes apreensões dos seus escritos e três visitas à prisão de Caxias (sempre sem julgamento).
Até ao 25 de Abril de 1974, escreve entre 60 e 70 livros (o número é incerto por falta de registos). Nesse ano, logo a 15 de Maio sai o primeiro número da Gaiola Aberta. Desde 1984 e durante 12 anos foi dono das boites Noite e Dia e Confidencial. Após uma pausa na publicação de revistas, volta à carga com "O Fala-Barato". Em 96, fez no palácio de Galveias a primeira grande exposição da sua obra de pintura sobre o 25 de Abril.

FALA® BARATO




“Para o poder absolutista o que importa é a salvação pública, não a opinião ...”.
Praticar, hoje, a liberdade de pensar, escrever, opinar – numa palavra, exercer o direito à cidadania, devia ser um acto normal num País que, desde o 25 de Abril de 1974, deixou de estar formalmente mudo e amordaçado.
Mas, como sabemos, ainda não é assim...
É claro – e, ao escrever isto, também é para sossegar certas almas que já estavam a ficar inquietas e nervosas - que um escriba, nunca pode ter grandes objectivos nem ambições.
A sociedade não muda, por se escrever este ou aquele texto, por se abordar este ou aquele tema, por se levantar esta ou aquela questão.
A função do escriba é simples: levantar os problemas.
E um dado adquirido, porém, que nesta era “informática”, com o boom das novas tecnologias, muita coisa mudou radicalmente.
Os jovens de hoje são diferentes dos da minha geração.
Quem é que lê agora o Eça, o Camilo, o Pessoa, o Lobo Antunes, o Saramago?
Estou a referir-me a ler as centenas de páginas dum livro.
Hoje, a Wikipedia tem o digeste de cada um deles ...
Só que o saber, não é algo adquirido, por ser preexistente...
Só porque alguém estudou os clássicos, os organizou e colocou acessíveis num DVD, isso não quer dizer que esse seja o caminho para a construção daquilo que nos torna, a cada um de nós, um ser único.
Quer dizer, detentores de um bem único e intransmissível: a nossa cultura pessoal.
É que, a fruição, o gozo, encontra-se no percurso a percorrer até à descoberta.
Muitas vezes, o local de chegada é, apenas, o novo ponto de partida para novas descobertas.
O conhecimento, o saber, a cultura, é uma construção que dá trabalho.
A liberdade individual também passa por aí.
Como defendia já em 1820, o “Patriarca da Liberdade”, o figueirense Manuel Fernandes Tomás, “a liberdade de comunicação é um dos mais preciosos direitos do homem”.
Tem de ser bem usado, portanto.
Por todos.
Também pelos mais jovens.
A juventude é importante para o futuro do país, duma cidade, duma freguesia duma terra.
Mas qual juventude?
A que sabe, a que pensa, a que é activa e crítica.
Ou aquela que é excelente pesquisadora do Google, isto é, que se limita a ser esponja absorvedora e acrítica do conhecimento pré estruturado.
E aqui é que bate o ponto: falar é importante.
Mas FALA® BARATO será! ...
Isso, só está ao alcance de Mestres.
Como o “fala barato” do Zé Vilhena.
Mas, esse é doutra cepa: a dos que mantém toda a vida a “gaiola aberta”.

domingo, 4 de junho de 2006

Assembleia de Freguesia de S. Pedro vai reunir sexta-feira





Convocada pelo Presidente, Domingos São Marcos Laureano, vai reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 9 de Junho, pelas 21 horas e 30 minutos, no edifício sede da Junta, a Assembleia de Freguesia de S. Pedro.
A Ordem de Trabalhos é a seguinte:
ANTES DA ORDEM DO DIA
Leitura da Acta da sessão anterior
Informações de carácter geral
ORDEM DO DIA
Informação do Executivo
Proposta de alteração do Regulamento do Mercado de S. Pedro
Toponímia

O que se passa com a Praia do Cabedelo?








Domingo, 4 de Junho, cerca das 11 da manhã, é este o aspecto da Praia da Cova.
Limpa e muito frequentada, a demonstrar que houve, de quem de direito, preocupação com a abertura da época balnear.
A foto de Pedro Cruz, fala por si.



Domingo, 4 de Junho, cerca das 10 horas e 45 minutos, o cenário da Praia do Cabedelo era este.
Suja e pouco frequentada, a demonstrar que, quem de direito, não se preocupou com a abertura da época balnear.
A foto de Pedro Cruz, também aqui fala por si.






Afinal, o que se passa com a Praia do Cabedelo?

sábado, 3 de junho de 2006

Vida de cão é para continuar ! ...

Foto: Pedro Cruz
Ser cão, já não é fácil! ...
Ser cão vadio, é mais difícil ainda.
E, cães vadios, é o que não falta na Freguesia de S. Pedro.
Na Cova, na Gala, no Cabedelo e na Morraceira, são inúmeros os canídeos vagabundos..
È uma praga, dirão uns. É um perigo, dirão outros. É uma calamidade, dirão outros mais extremistas.
Será, talvez, uma fatalidade ...
Vida de cão é vida de cão.
Mas, ao menos por um dia, não seria possível atenuar as agruras do quotidiano do cão?
Não estou a brincar. A ideia existe e foi apresentada na Assembleia da República.
O PSD foi o autor do projecto de resolução, que visa instituir um dia nacional do cão.
Estão admirados?! ...
Os deputados, na sua grande maioria, pelos vistos admiraram-se também! ...
Até na própria bancada proponente, a laranja, houve estranheza.
Hugo Velosa, deputado madeirense do PSD, dá a cara pela indignação: “como deputado nunca daria prioridade a um projecto desse tipo. Há matérias muito mais importantes, como a situação da nossa economia e das finanças públicas, da administração pública...”
Por muito respeito que tenha por quem tenha assinado o projecto (para além de Marques Guedes, líder parlamentar do PSD, estão também as assinaturas do vice-líder parlamentar Montalvão Machado, Ana Manso, Arménio Santos, entre outros), Hugo Velosa não consegue compreender a urgência.
Por sua vez, João Rebelo do CDS/PP considera o projecto laranja “totalmente disparatado”, pois do seu ponto de vista, “os dias são para temas mais humanos, como os pais ou as mães”...
Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, que é membro da Sociedade Protectora dos Animais, tal como João Rebelo, diz “que os dias nacionais, são simbolismos, vazios de conteúdo”.
No PS, o tema foi motivo de riso contido.
O deputado Mota Andrade assumiu mesmo: “mais do que o dia do cão , estamos interessados em criar medidas que protejam os animais de companhia e de estimação”.
Quais, é que não explicou! ... Mas adiante, pois isso é o prato do dia ...
Surpreendido com a iniciativa do PSD, ficou também Agostinho Lopes, do PCP, mas preferiu guardar mais comentários, para “depois de conhecer o projecto”.
Coitados dos cães. Muito palavreado, mas acções concretas, nicles! ...
Pelos vistos, não vai haver dia do cão.
Certo, certo, é continuar a vida de cão.
Ser Homem – e pelos vistos, ser cão - não é fácil.
Haverá reacções?
Do Homem será o previsível: resignação expectante! Passivo à superfície, mas atento e crítico no fundo.
E o cão, reagirá? ...

sexta-feira, 2 de junho de 2006

O FALA BARATO com um fim de semana de grande actividade



Que fazer com este batel?


Foto: Pedro Cruz




Esta é a pergunta que devem estar a fazer, a si próprias, as Instituições Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca, as entidades que há cerca de 5 anos atrás constituíram a parceria Sal do Mondego.
A réplica do batel, o “Sal do Mondego”, construído para fazer viagens turísticas pela antiga rota do sal do nosso rio, continua sem licença e imobilizado no portinho da Gala, depois de ter estado amarrado anos frente a Vila Verde.
Neste momento, a esperança para tentar salvar este projecto, onde já estão gastos cerca de trinta e seis mil euros, parece estar a esvair-se.
Na última reunião, os parceiros decidiram entregar o Barco à Câmara Municipal.
Isto, claro, “se ela estiver interessada”.
Tal fica a dever-se, no essencial, segundo Maria Caeiro Simão, presidente da Junta de Freguesia de Alqueidão e “madrinha do batel, “aos custos de manutenção do barco" e, também, "ao difícil processo de legalização junto da Capitania do Porto”.
Segundo a mesma autarca, em declarações que prestou ao semanário Correio da Figueira, outro motivo que levou a esta decisão, foi o facto de já “não haver a união, o elo que parecia haver no início”.
Como perguntámos há uns dias atrás, neste mesmo Outra Margem, será que vai deixar-se apodrecer, ingloriamente, na lama de um qualquer esteiro do nosso rio, 36 e seis mil euros e a derradeira possibilidade de ver sulcar nas águas do Mondego o último exemplar do “barco do sal”?
Será que teremos de recorrer às fotografias antigas para poder ter a emoção de ver um batel?

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Liberdade



Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui nesta praia onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade



Sophia de Mello Breyner Andresen
Foto: Pedro Cruz

Dia Mundial da Criança




... A criança,
Toda a criança.
Seja de que raça for,

Seja negra, branca,
vermelha, amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale que língua falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela tem direito...

..A ser para o homem

A Razão primeira da sua luta.

(excerto de um poema de Matilde Rosa Araújo)

Foi necessária, tanta, tanta, tanta madeira! ...




Muita madeira foi necessária para ligar a Cova ao Cabedelo! ...
Muita madeira, muito trabalho e muito esforço.
E, presumo, muita habilidade e persuasão para negociar a execução da obra.
Foi uma cartada de génio.
Foram gastas toneladas e toneladas de madeira.
Tanta, tanta, tanta madeira, que deve ter sido tarefa difícil e complicada a sua quantificação.
Mas a obra – ou melhor, as obras, dado que houve uma primeira e uma segunda -, ficou vistosa.
E, sejamos justos, continua útil.
Tanta, tanta, tanta madeira se gastou e ninguém arranjou lenha para se queimar! ...
Foi de mestre.
Concretização soberba, esta.
Na claridade do dia, ou no escuro da noite, dá gosto passear pelas passadeiras da praia.
Que madeira tão preciosa, esta, a das passadeiras de S. Pedro.
Ajudou a dar uma nova panorâmica à Terra.
Fácil de ver, aliás: basta aventurar-se circular, aproveitando a tanta, tanta, tanta madeira gasta nas passadeiras da praia, pelo escuro da noite.
De preferência, virado a norte, com a Figueira no horizonte.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Vem aí a nova Ponte dos Arcos



Se as coisas correrem como estão planeadas (o que no nosso País não é habitual), teremos os engarrafamentos de trânsito terminados na Ponte dos Arcos, lá para os primeiros meses de 2008.
É que a obra da nova ponte, depois de um processo atribulado, já foi consignada.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, em declarações prestadas ao Diário de Coimbra, informou que a nova Ponte da Gala «já foi consignada», no passado dia 29 de Maio, manifestando-se por isso «satisfeito», mas não deixando de lamentar que este “caso” tenha «mais de 4 anos. Num país normal a ponte já estava feita, e esta é a diferença de Portugal», salientou Duarte Silva.
E o edil recorda, que assim que tomou posse no primeiro mandato (2001), pediu a um amigo que fez o ante-projecto «sem qualquer encargo», depois seria só dar andamento.
No entanto, o autarca tem uma esperança, que esperamos veja concretizada: ser ele próprio a inaugurar a obra.
Ainda segundo o mesmo jornal, em notícia assinada pela jornalista Bela Coutinho, o presidente da Junta de S. Pedro, demonstrando possuir uma visão larga e abrangente, considera que com esta consignação, «voltei a ter esperança e a acreditar que é possível fazermos um país diferente e contrariar todos os analistas que vão afirmando que, em 2050, seremos o último da Europa dos 20».
Carlos Simão, tece elogios a José Sócrates, que «tem tido coragem e está a trabalhar para que tal não aconteça», sublinhando que todos devem contribuir «para que o nosso país seja um local onde tenhamos o prazer de viver».
Mais: o autarca de S. Pedro enaltece, ainda, o «esforço do presidente da Câmara» e de todos os que «puseram acima dos interesses pessoais e do partido os interesses do concelho».
E prossegue: «com este problema a caminho de ser resolvido, apelo para que se resolva a questão das obras terrestres do Portinho da Gala que tinha verbas previstas inscritas em PIDACC, estando o projecto concluído e pronto para ir para concurso do IPTM em Lisboa». A obra deverá arrancar brevemente, tem um prazo de 20 meses e nas imediações da actual estrutura, incluirá duas vias (no sentido sul/norte) e outra para quem sai da Gala, de forma a não precisar de utilizar a rotunda.
Quanto à Ponte dos Arcos, a nova será feita sem influir no fluxo de trânsito, já que contempla a construção de duas vias de cada lado da actual, e quando estas estiverem construídas, a “velhinha ponte” será desmantelada, unindo-se as duas alas, pelo que, a nova via ficará com quatro faixas de rodagem.

Estuário do Mondego faz parte da Convenção de Ramsar




O Governo propôs no ano passado e foi aceite: o estuário do Mondego, é uma das 5 novas zonas húmidas a integrar a Convenção de Ramsar.
1518 hectares do estuário do Mondego, alguns dos quais situados na Freguesia de S. Pedro, passaram a fazer parte da lista Ramsar.
Que implicações é que isto tem?
Desde logo, o estuário do Mondego ganhou visibilidade.
Integrar a lista Ramsar, leva o Governo a assumir internacionalmente que vai manter aqueles espaços. É, digamos assim, o primeiro passo para a protecção, no caso de se tratar de uma zona húmida ainda sem qualquer protecção. Se, porventura, já pertencer a áreas classificadas, é um compromisso para a sua monitorização e, se for caso disso, recuperação.
O estuário do Mondego é uma das zonas húmidas que dão agora os primeiros passos para uma protecção.
Localizado numa região densamente povoada, o estuário enfrenta pressões urbanas e a ameaça da actividade humana em seu redor.
Mesmo assim, neste momento, a zona do estuário do nosso rio é ainda um local privilegiado, devido ao seu valor ecológico.
Uma das razões de orgulho do estuário é a colónia estável de pernilongos, de que as fotos do João Pita dão testemunho evidente, que Ricardo Lopes da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, admite poder chegar aos 300 casais.
As zonas húmidas são dos mais importantes ecossistemas do nosso planeta, sendo, igualmente, dos mais sensíveis e dos mais ameaçados.
Constituem ecossistemas de transição entre ao ambientes aquáticos e terrestres, encontrando-se entre os mais produtivos do mundo e com uma série de funções , que passam pelo controle de inundações, manutenção de lençóis freáticos, estabilização da linha de costa, retenção de sedimentos e nutrientes e purificação da água, mitigação das alterações climatéricas.
A juntar a tudo isto, zonas como o Estuário do Mondego – de que faz parte a Morraceira -, são um reservatório de biodiversidade e locais de elevados valores culturais.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Vamos ser claros ...



Os responsáveis do
Outra Margem, assumiram, desde o primeiro minuto, as suas responsabilidades.
Demos a cara.
Quando criámos este espaço tínhamos objectivos.
Nomeadamente, pensar, discutir, questionar, algo que amamos: a nossa Terra.
Entretanto, as coisas dimensionaram-se e ultrapassaram as perspectivas iniciais.
Os textos e fotografias dos responsáveis pelo Blog, pensamos nós, têm obedecido a critérios e a valores perfeitamente definidos e objectivos.
É claro que criámos expectativas.
Que assuntos iriam ser tratados? Como os iríamos tratar? Em que perspectiva?
Sejamos claros:

1. A nossa razão de existir é a defesa dos interesses da Freguesia de S. Pedro.
2. Somos regionalistas. Nesse sentido, estamos aqui para defender o nosso torrão natal.
3. Ninguém melhor do que nós, os habitantes de S. Pedro, para defender a nossa Freguesia
.

Porém, sabemos que os interesses da nossa Terra, têm de ser articulados com o todo concelhio, distrital e nacional. Isto é, a solução para os problemas que nos afectam, passa também pela solução de problemas mais abrangentes.
Para defender os interesse da nossa comunidade, tínhamos à partida uma tarefa exigente: teríamos de sensibilizar uma opinião pública local adormecida e domesticada.
Conseguimos que sectores da população, até aqui amorfos e acomodados, com opiniões, por vezes divergentes, viessem a público dizer da sua justiça.
Mostrámos que as pessoas sabem ouvir e também sabem falar.
E as pessoas, no geral, souberam distinguir o essencial do acessório.
Não somos um espaço para doutores, embora os doutores também tenham aqui espaço.
A nossa forma de comunicar tem sido simples: dizer coisas que interessam às pessoas.
É claro que não somos neutros.


Imagens






A fotografia é reflexão.
Ganha vida na acção.
Acaba por emergi
r para a meditação.




Estas fotos, foram obtidas na Praia do Cabedelo, domingo, 28 de Maio de 2006 - um dia de calor abrasador, último fim de semana de um final de mês anormalmente quente.
Milhares de pessoas demandaram ao Cabedelo, sequiosas de uma praia tranquila e de águas seguras para as crianças.
Ao fim da tarde, ainda havia sol e águas calmas...
Mas a areia! ...
Este, foi o cenário, com que se depararam os veraneantes que escolheram o areal situado entre o norte do molhe sul e a margem esquerda do Mondego! ...
Alguns ficaram. Mas muitos procuraram outras paragens ...
Se uma fotografia vale mais que mil palavras, estas imagens valem quantas?! ...

domingo, 28 de maio de 2006

S. Pedro: 22 anos de freguesia, três presidentes ...



Opinião



De 1985, até aos dias de hoje, a Freguesia de S. Pedro conheceu três Presidentes.
A saber: de 1985 a 1989, Domingos São Marcos Laureano; de 1990 a 1994, José dos Santos Dias Vidal; de então para cá, Carlos Manuel de Azevedo Simão.
Sem querer particularizar, isto dá que pensar, pois casos de pessoas que se eternizam no poder no Portugal democrático, não são tão raros como isso.
Alberto João Jardim, o chefe da Madeira, é o caso mais mediático.
Mas, há mais, muito mais! ...
Isto coloca uma questão real e concreta: a dificuldade que alguns políticos têm em gerir bem o abandono do poder em democracia.
Nisso, as ditaduras são mais claras e transparentes.
Os chamados insubstituíveis, só saíam da cadeira do poder para o cemitério...
No Portugal democrático, as coisas não são bem assim.
Mas as resistências são muitas ...Não é fácil!...
Muitos resistem ao afastamento do poder, com argumentos patrioteiros: o País, ou a Terra, precisa deles, e eles estão disponíveis e dispostos ao sacrifício pessoal e familiar.
Sejamos claros. Face à situação, que se vive um pouco por todo o País, só há um caminho a seguir, nesta nossa democracia: a generalização da limitação temporal do exercício dos mandatos de todos os políticos.
O povo, abomina a soberba.
A menos que esse pecado mortal se confunda com autoridade.
Mas, para continuar a confundir o povo, é necessário não perder as estribeiras.
Para evitar males maiores, o melhor, mesmo, portanto, é a limitação de mandatos.
Mais do que homens grandiosos, um País, uma Terra, um povo e uma democracia, necessitam de leis justas e de uma tradição de respeito pelos outros.
A democracia é o governo dos homens normais.
Dispensa heróis e iluminados, antes serve a todos.
Nada como estarmos protegidos de quem nos quer fazer tanto bem! ...

Gente de Fé