Não é, é um país pobre, em que muitos
portugueses vivem na pobreza, com elites
sem coragem e cada vez mais ignorantes,
distraído dos seus problemas pelo futebol e
pelos reality shows, com criminalidade
assente na violência doméstica e na
corrupção, com uma política do grau zero.
Tudo isto não é fruto de cinquenta anos de
democracia, bem pelo contrário, o que há de
melhor na nossa história recente deve-se ao
25 de Abril, à liberdade, à democracia, ao
enorme desenvolvimento que uma fotografia
aérea revela melhor do que quaisquer
palavras, e que todas as estatísticas mostram.
Mas isso, insisto, não o torna o "melhor país
do mundo". Mas é o meu país, e isso para
quem é patriota significa muito. É a minha
cultura, a minha língua, a minha história, a
minha terra, tudo coisas que o nacionalismo
de pacotilha ataca, ignorando a cultura,
falando e escrevendo mal o português,
falsificando a história e desprezando a terra, a
nossa terra.
As coisas que fazem a nossa
identidade de portugueses são ignoradas, a
favor de guerras culturais viciadas à partida.
uma espécie de discurso woke de direita
radical, exactamente com os mesmos
mecanismos do woke de esquerda.
A nossa história tem muitos pontos
negros que, aliás, partilha com a história
universal, umas vezes pior e outras melhor.
Falar da história não é ocultá-los ou
falseá-los, para aparecermos como uma
espécie de cavaleiro branco intangível com
uma espada numa mão e na outra a cruz.
O
que estes nacionalistas esquecem é que ao
fazer isto diminuem Portugal."

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