sexta-feira, 14 de junho de 2024

Sistema inteligente de iluminação pública: “disseram que media tudo, mas não mede”

Via Diário as Beiras, edição de hoje.
«Segundo Santana Lopes o sistema inteligente de iluminação pública, projeto assumido no anterior mandato autárquico, que o atual executivo camarário executou, afinal, não tem todas as funcionalidades anunciadas. Nomeadamente, precisou o autarca, não faz a gestão de tráfego. “[Disseram que] media tudo, mas não mede”, afiançou.»
Recorde-se que a Figueira foi o primeiro município a implementar o projeto de eficiência energética de iluminação pública, que o atual executivo herdou do anterior liderado pelo socialista Carlos Monteiro. Tal aconteceu em 2022, num investimento de sete milhões de euros.
Em setembro do ano passado, Santana Lopes tinha-se mostrado intrigado com a falta de financiamento para um projeto “altamente meritório e inovador, permitindo ao município poupar milhares de euros e ser autónomo.  Para Santana Lopes, é um “paradoxo completamente irracional não haver nenhum apoio, só porque, em princípio, este projeto tem um retorno rápido, que permite poupança nos custos e amortizar o investimento”.
Em setembro de 2023, o presidente da autarquia figueirense reuniu-se com a secretária de Estado da Energia, a quem pediu uma solução depois de apresentar o projeto que obrigou o município a endividar-se à banca durante 10 anos para executar o investimento de sete milhões de euros.
Segundo o autarca, só em juros, a Câmara da Figueira da Foz paga anualmente 400 mil euros.
O projeto, cujo consórcio responsável pela sua implementação envolve empresas da Figueira da Foz, permite uma poupança anual de 80% de energia e a redução de 1.650 toneladas de dióxido de carbono, com a amortização do investimento em cerca de três anos e meio.
Abrange todo o concelho, depois de ter sido testado, como projeto piloto, na freguesia de Vila Verde, abrangendo cerca de 22 mil luminárias, o que, segundo as estimativas, representa uma poupança anual na ordem dos 2,8 milhões de euros na fatura da energia, que anteriormente era na ordem dos cinco milhões de euros.
Estava previsto que através da iluminação pública, o município poderia instalar uma rede de comunicação “altamente diferenciadora” que permite maior sustentabilidade, podendo instalar radar simples, detetores inteligentes, e monitorizar a qualidade do ar, os resíduos sólidos urbanos, os estacionamentos e a rega de espaços verdes, entre outras utilidades.

Sem comentários: