domingo, 16 de junho de 2024

Não se esqueçam de ir aos lares que deverá haver por lá alguns para aproveitar...

«Os professores que cheguem à idade da reforma e queiram continuar a dar aulas vão ganhar até mais 750 euros brutos por mês acima da sua remuneração. E, caso não estejam no 10.º e último escalão da carreira, vão poder recuperar parte do tempo de serviço que têm congelado, o que o Ministério da Educação vê, em resposta ao PÚBLICO, como um “incentivo” para que consigam “atingir esse patamar”. Esta é uma das medidas de um pacote que foi apresentado ontem pelo ministro, Fernando Alexandre, para conter o “problema mais grave da escola pública”: a falta de professores. A remuneração extra dos até 750 euros para estes professores à beira da reforma será uma medida transversal e entrará em vigor em 2025. Segundo as contas do Ministério da Educação, havia, no final de Maio, 2002 professores a dar aulas com idades entre os 67 e os 71 anos. A medida, porém, deverá abranger 1000 docentes e custar nove milhões de euros por ano. É a medida mais cara deste plano que, no total, custará cerca de 20 milhões de euros. O Governo quer ainda responder à falta de professores, contratando os docentes que já se aposentaram. Mas isso será apenas para os nove grupos de recrutamento mais deficitários (Educação Pré-Escolar, Matemática e Ciências da Natureza, Português, Inglês, Filosofia, Geografia, Matemática, Física e Química, Informática) e em territórios onde o Ministério da Educação identifica as maiores carências de professores. Para estes docentes, que já saíram do sistema de ensino, o Governo acena com uma remuneração extra equivalente ao índice 167, que corresponde ao 1.º escalão da carreira e a 1657,53 euros brutos. A previsão do executivo é que possam ser contratados 200 docentes e que esta medida tenha um impacto de três milhões. “Temos muitos alunos que estão muito tempo sem aulas a muitas disciplinas. Adicionalmente, este grave problema afecta sobretudo as famílias que provêm de contextos mais desfavorecidos, o que põe em causa a igualdade de oportunidades no acesso a um ensino de qualidade”, notou Fernando Alexandre.»

1 comentário:

Leila Duarte disse...

Nos tempos saudosos de Passos Coelho, obrigaram os docentes mais novos a fazer um exame para poder leccionar.
Mandaram as pessoas emigrar e não ser piegas.

Agoram querem professores a qualquer custo.