O grupo chama também a atenção para uma nova ameaça ao Pinhal de Leiria: “as espécies invasoras que impedem a regeneração natural, sufocando os pinheiros entretanto nascidos naturalmente, a falta de meios humanos e de investimento que garanta a boa manutenção e a regeneração daquela área natural”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
«Grupo lembra, na carta a que a Lusa teve acesso, que três anos após o incêndio que devastou a quase totalidade do Pinhal de Leiria não foram levadas a cabo “quaisquer ações de relevo no terreno”»
“Três anos depois, o Pinhal de Leiria continua pouco mais do que um monte de cinzas sem trabalhos de reflorestação em curso, para lá de ações pontuais pouco mais do que simbólicas, sem o investimento público necessário à sua regeneração e à manutenção do pinhal sobrevivente e sem um real compromisso do Estado na recuperação da área ardida”, escrevem.
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