"A Praça da Europa bem podia ter sido desenhada de outro modo aquando da sua construção. Situada num local privilegiado, mesmo tendo como vizinho o Porto Comercial, que deveria ter sido instalado na outra margem, usufrui da presença do rio a seus pés e de um horizonte largo e aprazível. Assim como ficou é um deserto asfaltado, onde apenas dois jardinzinhos trazem algum verde e a harmonia da Natureza.
Como trazer pessoas a visitar um sítio tão inóspito e incaracterístico? Difícil, muito difícil. As pessoas não apreciam ver-se “plantadas” no meio do nada. Daí talvez a pergunta formulada. O que fazer então? Já aí vi iniciativas de desporto sénior e em 2019, se a memória não me está pregando partidas, o assinalar do Mês de Abril, prevenção contra os maus tratos infantis, sob a égide da CPCJ do concelho. Iniciativas pontuais.
Mas vi também, por anos seguidos, algo muito agregador e interessante naquele sítio único: A Feira das Freguesias, que daí se mudou para a Praça do Forte, hoje João Ataíde, sem nunca eu ter percebido a razão. O sítio é bem menos aprazível, apesar de mais baixo. A proximidade do mar traz frequentemente ventos fortes, como sucedeu na última edição.
O acesso é também mais difícil. Idosos ou mães com crianças podiam com rapidez e comodidade ser deixados junto à Feira, em frente à Câmara Municipal. Lá em baixo, é bem mais difícil, principalmente para os primeiros. E o facto do espaço da Praça da Europa ser mais pequeno dá um aconchego que a nova localização não propicia. Apetecia fazer o “redondel” de todas as freguesias, espreitando as iguarias e a decoração. Na Praça do Forte não apetece nada.
A primeira impressão para quem chega é que estamos no meio de nenhures, passe o possível exagero. Veria com muito agrado o regressar das freguesias àquele local aquando das festas concelhias, que hão-de regressar mesmo que demorem. No resto do ano, a proliferação de iniciativas com todas as faixas etárias: desporto, dança, música, nem que para tanto se instalem protecções contra o vento. Assim, abandonada, não está bem a Praça da Europa, não está bem!"
Via Diário as Beiras
Como trazer pessoas a visitar um sítio tão inóspito e incaracterístico? Difícil, muito difícil. As pessoas não apreciam ver-se “plantadas” no meio do nada. Daí talvez a pergunta formulada. O que fazer então? Já aí vi iniciativas de desporto sénior e em 2019, se a memória não me está pregando partidas, o assinalar do Mês de Abril, prevenção contra os maus tratos infantis, sob a égide da CPCJ do concelho. Iniciativas pontuais.
Mas vi também, por anos seguidos, algo muito agregador e interessante naquele sítio único: A Feira das Freguesias, que daí se mudou para a Praça do Forte, hoje João Ataíde, sem nunca eu ter percebido a razão. O sítio é bem menos aprazível, apesar de mais baixo. A proximidade do mar traz frequentemente ventos fortes, como sucedeu na última edição.
O acesso é também mais difícil. Idosos ou mães com crianças podiam com rapidez e comodidade ser deixados junto à Feira, em frente à Câmara Municipal. Lá em baixo, é bem mais difícil, principalmente para os primeiros. E o facto do espaço da Praça da Europa ser mais pequeno dá um aconchego que a nova localização não propicia. Apetecia fazer o “redondel” de todas as freguesias, espreitando as iguarias e a decoração. Na Praça do Forte não apetece nada.
A primeira impressão para quem chega é que estamos no meio de nenhures, passe o possível exagero. Veria com muito agrado o regressar das freguesias àquele local aquando das festas concelhias, que hão-de regressar mesmo que demorem. No resto do ano, a proliferação de iniciativas com todas as faixas etárias: desporto, dança, música, nem que para tanto se instalem protecções contra o vento. Assim, abandonada, não está bem a Praça da Europa, não está bem!"
Via Diário as Beiras
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