O respeito e admiração profunda que nutro por todos os que lutaram por um Portugal livre e independente, sem outro qualquer interesse que não fosse exclusivamente o bem do povo, com sacrifício, por vezes, da própria vida, gente que eu gosto de ver representada na figura, para mim memorável de Álvaro Cunhal, e tantos outros que o acompanharam ou antecederam...
Sobre democracia, eleições e assuntos afins, tenho, obviamente, as minhas opiniões.
Não tenho por hábito andar por aqui a divulgá-las, já que o meu conhecimento da realidade política portuguesa, no concreto, não é suficiente para tal atrevimento...
E sobre problemas sérios, não contem comigo para “conversas de café”.
Sobre a Figueira e a minha Aldeia, a história é outra.
Já perdemos tanto tempo na Figueira!
E que grande cidade que a Figueira já foi...
Ainda poderá vir a ser? Talvez...
Assim o povo figueirense acerte o seu passo com o futuro e os trilhos que o podem conduzir para lá.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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