Na Figueira, estamos em plena época das promoções.
Se tudo correr conforme o previsto, seguir-se-á a época dos saldos.
Depois teremos a época dos descontos especiais.
Finalmente, acontecerá a época das últimas oportunidades, antes da remodelação total e da época de liquidações e, porventura, a mudança de ramo.
Até que chegaremos, de novo, à época das promoções...
A Figueira vive nisto há décadas: num constante renovar da agonia e assim sucessivamente...
Para ler melhor a imagem, obtida via AS BEIRAS, basta clicar em cima.
Entretanto, porque uma campanha de agitação e propaganda, é uma coisa, e a vida, é a realidade, existem problemas concrectos para os munícipes do concelho.
Como este, que foi relatado, há dois dias pelo Correio da Manhã.
"Ao fim de quatro anos, o que era um paraíso passou a ser um inferno." O desabafo é da proprietária de um apartamento do Bairro da Brenha, na Figueira da Foz, que, sob anonimato, por medo de represálias, acusa a autarquia de ter transformado "uma urbanização num bairro social".
O problema remonta a 2008, quando a Câmara da Figueira, responsável pela construção da urbanização, não conseguiu vender o número previsto de apartamentos e os colocou em arrendamento social. Os 33 proprietários sentem–se "enganados" pelo promotor do investimento, sob administração da empresa municipal Figueira Domus (FD), que vendeu um terço dos apartamentos, colocando os restantes em arrendamento.
Os imóveis desvalorizaram-se a partir do momento em que a urbanização passou para habitação social. Um apartamento que custou 75 mil euros tem agora um valor patrimonial que não chega a 40 mil. Nuno Mendes, da FD, admite que a empresa municipal está preocupada, mas lembra que a situação "foi herdada da anterior administração". Acrescenta que a empresa já apresentou algumas soluções, como permutas com apartamentos noutros locais da cidade, mas frisou que, por serem mais caros, o custo dessa operação teria de ser aprovado pelo Tribunal de Contas. Quem beneficia do arrendamento social também tem queixas. "As casas estão cheias de infiltrações e humidade, os candeeiros estão todos partidos e desligados. É uma vergonha. Não querem saber de nós", lamenta Rosa Maria, uma das arrendatárias. Nuno Gonçalves reconhece algumas das críticas, mas observa que "não se pode confundir degradação com vandalismo".
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