Ser do contra, é a forma mais fácil, popular e expressiva, para se referir a alguém que não segue modas, opiniões, gostos comuns, padrões, entre outros factores.
Isto, não é visto de uma maneira esclarecida por todos.
Entre outras coisa, pode levar a achar que a minha pessoa faz questão de não gostar do que todo mundo acha que se deve gostar.
Ser do contra é algo que, frequentemente, aparece numa conversa para me descrever: "ele é do contra", dizem.
Como não me importo de ser honesto digo: sou do contra, sim senhora.
Admito.
Umas vezes, acertadamente. Outras, talvez nem por isso.
E, isso, certamente não dignifica a minha imagem.
Contudo, para mim, esse problema só se levantaria se desse importância à minha imagem.
E a explicação é fácil...
É, a meu ver, mais importante a ideia que temos das coisas que a sua imagem em concreto.
A ideia permanece. A imagem vai-se tornando difusa com o andar dos tempos!
A ideia é compreensão.
A imagem é memorização...
E, esta, vai-se perdendo com o passar dos tempos!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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