Muitas vezes, ao longo dos anos, também aqui pela Aldeia, os partidos foram desvalorizados nas eleições locais.
Em 2005, PS, PSD não apresentaram listas partidárias e optaram por dar apoio expresso à LISP.
Aqui pela Aldeia, cheguei a pensar que esses partidos estavam reduzidos a uma formalidade, sem qualquer relevância prática.
Porém, eu sabia que não iria ser assim. Aliás, apesar dessa manobra de diversão que aconteceu, ao longo dos últimos 20 anos, a Aldeia foi sendo construída à imagem e semelhança dos partidos.
Tanto assim foi, que tal como acabámos por permitir que os partidos sejam a desgraça que são, também acabámos por permitir que a Aldeia acabasse por ser a desgraça actual.
Um partido é uma organização política que pode ter responsabilidades governativas na Aldeia.
Portanto, o que lá se passa, é matéria de interesse para todos os Aldeões e não só para os militantes, ou simpatizantes.
Contudo, pouca gente liga aos partidos.
Bom, mas deixemos os entretantos e vamos aos finalmentes: o Partido Socialista e a lista que vai apresentar nas eleições intercalares na Aldeia e sobre a confusão que para ali vai.
Como é que querem governar a Aldeia decentemente e conceder-lhe o direito à evolução, progresso e desenvolvimento, se eles próprios, enquanto lista, são a confusão personificada?..
O cabeça de lista que desenrascaram, não é o líder – quando muito, é o que estava mais perto do líder.
Mas candidato a presidente da junta já é.
Líder é que não é mesmo.
Mas pronto.
São estes, muito provavelmente, os futuros governantes da Aldeia.
Mas duvido que isto preocupe alguém na Aldeia...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Só há um comentário a fazer: As moscas mudam mas a m.. é a mesma
Será que ainda haverá sangue parra os vampiros chuparem? Fico por aqui. È que eles voltaram e ressabiados.
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