A Junta de Freguesia de Buarcos opõe-se veementemente à decisão da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) de encerrar o Centro de Saúde de Buarcos nas tardes de sábado, aos domingos e feriados. Esta tomada de posição por parte da ARSC, dada a conhecer na passada semana pela comunicação social, é contrária à política de proximidade que o executivo desta junta tem promovido, defende e irá continuar a adotar. Mais uma vez este Governo demonstra a sua vontade em centralizar serviços sem conhecer a realidade da freguesia e da cidade e sem pensar no bem estar da população. Encerrar um serviço de saúde de proximidade, como é o Centro de Saúde de Buarcos, sem aferir da real oferta de transportes públicos no concelho e sem tomar em consideração a realidade demográfica das freguesias que esta unidade de saúde serve, não faz sentido e este órgão autárquico está liminarmente contra qualquer diminuição do horário de funcionamento daquela valência da freguesia.
Recorde-se ainda que quer a Assembleia de Freguesia quer a Assembleia Municipal já tinham manifestado, unanimemente, a sua oposição à redução do horário do Centro de Saúde. Os deputados eleitos pelo círculo de Coimbra, João Portugal e Mário Ruivo, indignados com a decisão da ARSC, já questionaram o Ministério da Saúde quanto às melhorias concretas que os utentes do centro de Saúde de Buarcos terão com estas mudanças e à existência de um estudo que avalie o impacto na população com menor capacidade de mobilidade.
A Junta de Freguesia vai continuar a lutar pelos interesses da população, procurando, junto das entidades competentes - Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, ARSC e Ministério da Saúde -, reverter a decisão.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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