Aqui, pela Aldeia, vamos ter um verão quente.
Estamos num óptimo momento para o exercício da democracia e num lugar adequado para exercitar o direito ao esclarecimento, à opinião e ao voto.
Uma Aldeia saudável necessita de projectos alternativos.
Porque a política da Aldeia costuma ser condicionada «pelo homem e a as suas circunstâncias», interessa, pois, olhar para as soluções reais e não para D. Sebastiões que podem voltar do nevoeiro.
A questão da Identidade Cultural das terras e dos povos, foi - e continua a ser... - um dos temas centrais destes primeiros 14 anos do século XXI.
Todos os povos conheceram uma fase de expansão cultural, de difusão dos seus modos de vida e valores, e todos os povos devem pretender, em todo o momento, manter as suas particularidades, as suas formas, o seu conteúdo vital e cultural como garantia de sobrevivência na História.
A identidade é, por definição, a qualidade do idêntico, mas num mundo em constante evolução, onde a realidade tende para uma constante diversificação, o “idêntico” pode resultar num conceito equívoco e ter-se-ia que falar de afinidades e não de igualdades.
S. Pedro é uma mera entidade administrativa. Não tem alma.
Cova e Gala é a nossa Identidade, a nossa História, a nossa Alma.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Não poderia estar mais de acordo.
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