A escolha de notícias, o critério de fazer as primeiras páginas e o modo como se discutem na redacção, as imagens que se colocam, os temas que se abordam e os convidados para emitir opinião, tudo isso é matéria reservada a quem pontifica e manda nos jornais.
Como leitor, não devo ter direito a explicações. Todavia, gostaria de saber mais. Sem qualquer processo intencional, só para saber.
No passado fim de semana, na Figueira, aconteceram várias iniciativas que trouxeram até à urbe largos milhares de visitantes.
Um exemplo: “O maior sunset de sempre” fez jus ao nome do evento da rádio RFM, levando à praia do Relógio mais de 60 mil pessoas, nos dois dias, segundo a organização avançou no Facebook.
Só um ingénuo é que acredita que os jornais regionais e particularmente as suas redacções, obedecem a critérios jornalísticos bacteriologicamente puros e sem interferências do mundo exterior, subtis ou à martelada.
Que falta faz à nossa cidade e aos nosso concelho um jornal diário feito na figueira - e por figueirenses...
Nota: para ver melhor as imagens é só clicar em cima.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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