No Diário de Coimbra de hoje pode ler-se: “Casino da Figueira com propostas inovadoras”.
Logo de seguida vem a primeira: “Uma das novidades na programação do Casino neste final de ano acontece precisamente no dia de Natal. Com efeito, o Casino vai funcionar, normalmente durante o dia, entre as 16h00 e as 4h00, incluindo a apresentação de dois shows, sendo a primeira vez que isso acontece, uma decisão que é abrangente e envolve todos os Casinos em Portugal.”
Portugal, é um país tão inovador, não é?...
É que o Casino da Figueira deve ser mesmo um local de paz e de convívio, próprio para passar um dia dedicado à família!
Os prejudicados vão ser os Centros Comerciais...
Felizmente que há mais Figueira, para além da pasmaceira que conhecemos...
Ainda há quem inove! Parece mentira, mas de harmonia com o Diário de Coimbra de hoje, é verdade!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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