O blogue de hoje, para mim, é especial. É um blogue da minha Terra!..
Este post, mostra como era linda a minha terra...
Como era belo aquele lugar, que foi destruído, sem apelo nem agravo, pelo chamado progresso...
"Botes e bateiras ancorados e espalhados nas águas calmas do meu rio", num local de culto para a rapaziada da minha geração. Aquele portinho de abrigo era um autêntico ex-libris da Cova-Gala da década de sessenta!
Um obrigado ao João por esta recordação!..
Visitem COVAGALA...entre o rio e o mar...
Vão até lá, porque a vida continua mesmo com esta crise e com esta invernia.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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