"Porque apontaram deficiências na estratégia do FC Porto, algumas das pessoas que melhor dão a cara pelo clube, como Rui Moreira, Sousa Tavares e Manuel Serrão, estão a ser alvo de ataques virulentos. As instituições, tal como as pessoas, só engrandecem quando aprendem com os seus erros. E o pior desacerto é fingir que este nunca existiu. Tentar silenciar as vozes mais livres, logo mais escutadas, é típico de quem ainda não percebeu que a lógica da taberna tem os dias contados."
Felizmente que não estamos no Porto. Leia-se este comentário no blogue Mar Salgado:
“Pegando nos argumentos ridículos de MST tb posso afirmar que essa malta, que criticou a forma como o porto geriu a crise jurídico desportiva, não passam de queixinhas! E toda a gente sabe o que acontece aos queixinhas em Palermo!”
Sabendo-se como para aquelas bandas se passa facilmente de ataques virulentos para ataques violentos, dou graças a Deus por viver na Gala.
Apesar de, mesmo por aqui, ataques virulentos, mesmo à beira dos violentos, qualquer um está sujeito ... Por cidadão mais pacato que seja.
Se há coisa difícil em Portugal é ousar criticar um regedor!...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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