Foto sacada daqui
No sábado passado, li a segunda parte da entrevista do PGR à revista do semanário “sol”.
Mais do que apreciar o conteúdo da entrevista do dr. Pinto Monteiro, do que gostei mesmo, foi das reacções de certas “virgens ofendidas” (poder feudal de condes, viscondes, marqueses e duques?...) que as palavras do PGR (um rei sem poder?) despoletaram.
Mas, uns meses antes - em Maio - o PGR deu outra entrevista que passou despercebida. Foi ao jornal “Cinco Quinas”, do Sabugal, Essa sim, quanto a mim, interessante. Entre outras coisas, explicou porque é que um “Beirão do Interior” natural de Porto de Ovelha, concelho de Almeida, que gosta da Beira e das suas gente, chegou a PGR:
“ Aqui em Badamalos trato do meu jardim. As pessoas conhecem-me e eu conheço-as a todas. Há uma ligação muito forte. Nunca na minha vida distingui entre pessoas ricas ou pobres. Penso que até tenha sido isso que mais pesou para que me convidassem para Procurador”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
António!!!
Vi que "me" linkaste! Nada de confusões com outros verbos! Lol
Obrigada! É uma honra!
Um abraço grande Tó...
Enviar um comentário