Foto à beira mar
Este episódio não pode durar muito mais... É ridículo...
Exemplos destes, em nada abonam a favor de um partido com responsabilidade e competência.
Visto de fora, para ser brando, parece haver carradas de má formação, apego ao poder e demagogia nesta trapalhada...
Esta coisa, mais do que envergonhar o PSD figueirense - partido no poder na cidade há 12 (doze...) anos - devia envergonhar toda a Figueira da Foz.
Os políticos profissionais vivem no seu mundo virtual, onde as únicas realidades que reconhecem são as meias-verdades e as meias-mentiras.
Estes são os políticos “gerados” pela democracia.
Tirando uma “espécie em vias de extinção” - alguns (poucos) Homens de esquerda, que sobreviveram e cresceram na oposição ao Estado Novo - na direita portuguesa, que beneficiou dos favores do “antigo regime”, as coisas são mais difíceis de digerir: sente-se humilhada na oposição; definha quando não está no poder.
Importante é o poder: seja no governo, numa câmara municipal, numa junta de freguesia, ou, mesmo, numa concelhia partidária...
Este episódio, ainda a decorrer na Figueira, triste e lamentável, deixa um retracto fiel do que falta a esta geração de políticos que não nos quer deixar acreditar nesta democracia: vergonha e transparência.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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