Não é impossível um presidente de um clube de futebol tornar-se político.
Já aconteceu.
Mas, difícil, difícil mesmo, é um bom presidente de um clube de futebol, transformar-se num bom político.
O problema tem a ver com a natureza das duas funções.
O político é, quase sempre, um ser desprovido de imaginação.
Para compensar esta falha, tem tendência para a mentira, a falsidade e a pompa.
O político, confunde mentira com imaginação, sonha com a eternidade.
Quase todos, porém, conseguem alguma notoriedade...
O presidente de um clube de futebol, principalmente de um clube pequeno, é alguém que tem de usar a criatividade e a imaginação para conseguir sobreviver no dia a dia.
Por vezes também tem de mentir.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
5 comentários:
Não é bem assim.
Quando um político diz não, quer dizer o contrário, ou está mesmo a dizê-lo. Quando diz o contrário, também é o contrário que acontece.Portanto, mente sempre.
Um dirigente ou presidente de um clube desportivo, ao dizer que não, é esperar pela pancada e sai tudo ao contrário. Resquícios de "o segredo é a alma do negócio" em que fingem não estar interessados em determinada coisa ou jogador e a seguir, já cá canta.
Portanto, um dirigente desportivo não mente só de vez em quando, mente sempre. Mente nas contas, nos pagamentos, nos recebimentos, nas receitas que são uma coisa diferente dos recebimentos e mente sempre muito no início da época ao dizer que "este ano é que vai ser".
Mas não estão sózinhos. Tudo mente à sua volta. Tudo quer pôr-se em bicos de pés aparentando desinteresse e um alheamento do protagonismo que anseiam e a que são obrigados pelas mulheres. É que um tipo com uma pila pequenina, sentado num carrito à maneira ou a falar para o microfone ou repórter de jornal, ganha um ego que só visto.
Eu, embora não olhando muito quer para uns, quer para outros, já os vi há muito tempo.
Como diz o outro, já lhes vi o cu há muito tempo.
É tudo igual, com poucas excepções, claro.
Diga- se de passagem mais uma lengalenga venenosa do senhor Agostinho.
Será dos genes?
Anónimo
25 Maio, 2007 14:18
Como diria o Jorge Palma
"Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender"
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