sábado, 25 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Querem ver que o COVID-19 vai ser a salvação da Figueira!...
“Na Figueira da Foz há espaço, há dimensão, as pessoas podem desenvolver as suas actividades com as distâncias devidas”...
«A Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra, está a preparar uma campanha de promoção das suas praias, face à pandemia da covid-19, apostando na dimensão dos areais, que inclui o maior areal urbano da Europa.
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da Câmara, Carlos Monteiro, disse que o município “está a preparar uma campanha” de promoção das praias do concelho, “porque, atendendo à dimensão que têm, mais facilmente se podem cumprir as normas” que vierem a ser instituídas sobre o afastamento entre banhistas devido ao novo coronavírus.
“Nós temos muitas praias e espaço para todos. E aquilo que, às vezes, era uma menor valia das nossas praias, por terem a distância que têm, hoje [por causa da pandemia de covid-19] é uma mais valia, quer em termos de época balnear, quer em termos de praia, quer em termos de surf”, observou Carlos Monteiro.
Na frente marítima da Figueira da Foz está localizado o maior areal urbano da Europa, com cerca de 90 hectares de areia – o equivalente a 130 campos relvados de futebol – dois quilómetros de comprimento entre aquela cidade e a vila piscatória de Buarcos e uma largura média de mais de 500 metros entre a avenida e o mar. Ao longo dos anos, precisamente devido à sua dimensão, esta praia tem vindo a ver reduzida a afluência de banhistas.»
Vai ser bonita a festa, pá
João Paulo Batalha |
Garantir a resiliência do país ao vírus é começar já a planear onde faremos ruturas estruturais para reequilibrar os poderes e garantir que saímos daqui uma democracia fortalecida, e não tutelada. Caso contrário, continuaremos a ter sessões parlamentares do 25 de Abril, e de tudo o resto, rodeadas ciclicamente de polémicas estéreis. Continuaremos a ter políticos a levantar controvérsias superficiais para nos distrair dos problemas profundos. Continuarmos a ter muito espalhafato na imprensa (que sobrar) e corporações a manifestarem-se. Teremos é uma democracia pouco merecedora de celebrações."
MULHERES DE AÇO/HOMENS DE BARBA RIJA…
Gosto do que é autêntico.
Gosto da concordância das emoções.
Porém, a verdade e a autenticidade nem sempre são a mesma coisa.
A verdade, por vezes, é o que convém.
A autenticidade, é a possibilidade de alguém ser capaz de revelar a realidade. O texto abaixo é isso mesmo: a revelação de uma realidade que existiu mesmo.
"Hoje tudo é diferente para melhor, e ainda bem, mas é sempre de justiça não esquecer o passado…"
Texto José Elísio Oliveira
Fotos_Arquivo pessoal de Décio Salema Neves
"Pelos meados do século passado, nos anos quarenta, cinquenta e sessenta; nesta altura do ano, O SALGADO DE LAVOS já fervilhava de grande actividade. Nas cerca de 300 SALINAS que nessa altura se encontravam activas, mais de mil trabalhadores, MARNOTOS, MOÇOS e SALINEIRAS, trabalhavam freneticamente na preparação das Salinas para as colocar em condições de produzirem o bom e se possível muito SAL LAVOENSE que haveria de ser utilizado em todo o País e até no Estrangeiro.
Procedia-se à limpeza das lamas, dos limos, dos cachelros (Salicórnia) e outros lixos que as tinham invadido desde a última “SAFRA”, durante o Outono e o Inverno. Os limos e as lamas a que os Marnotos davam respectivamente os nomes de “ESCOICE” e “TORRÃO”. Eram colocados em cima das “CILHAS” para secar e ficarem mais leves.
As mulheres transportavam à cabeça, primeiramente em “GIGAS DE VIME” e mais recentemente em “GAMELAS DE MADEIRA” para determinados locais aos quais os carros de bois, camionetas ou os barcos de sal tivessem acesso para serem vendidos principalmente para a Região das Gândaras onde eram muitos apreciados como fertilizante natural (ecológico) dos terrenos onde semeavam batatas, cebolas e outros produtos hortícolas. Idêntico tratamento era dado aos limos que eram retirados dos VIVEIROS antes de serem pescados. De seguida as Salinas eram levadas a seco.
Os TALHOS onde se iria produzir o sal ficava alguns dias ao sol, para “ESTURRAR” e para que o outro que disso necessitasse fosse reparado, nos “CANEIROS”, nas “MARACHAS” ou até mesmo de alguma nascente de água doce ou salobra que se verificasse no seu interior. O passo seguinte era consolidar o piso dos talhos pelo que o Marnoto e/ou os Moços os pisassem usando os “CIRCIOS” que mais não era de que um enorme rolo de madeira (um tronco grosso de árvore) que tinha em cada extremidade uma “MANGA” que se puxava. Terminado este trabalho, passo seguinte era o “ARIAR” que consistia em cobrir os talhos com uma camada fina de areia branca que era levado das serras de que já falei (Caldista, Castanho), e de outros locais, para que o sal não ficasse directamente em contacto com o fundo do talho e não se sujasse.
Era e ainda é muito importante que o sal fosse muito clarinho é sinal de qualidade. Este procedimento foi sendo posto gradualmente de lado e hoje nas poucas Salinas ainda em actividade já ninguém o pratica.
Estava-se já na fase final dos preparativos para que o sal começasse a brilhar. A última etapa consistia em alagar os talhos com uma camada de água bem salgada “LARGAR” com a altura que cada Marnoto sabia bem calcular, a que se “ESGOTAR”. Havia até um certo despique entre os Marnotos para ver qual esgotava primeiro e consequentemente produzia o primeiro sal e, sobretudo em Julho e Agosto era lindo de ver O SALGADO DE LAVOS coberto de milhares de pequenos montes de sal aos quais se dava e dá o nome de “RASA” e era a azafama das Salineiras , (cada Salina ocupava entre seis a dez Salineiras, consoante o seu tamanho e a distancia a que se encontrava do barracão) a transportarem o sal à cabeça, em “CESTA DE VIME” autênticos objectos de arte artesanal feitas pelos irmãos Grazina, numa correria “SILHA A CIMA SILHA A BAIXO” com desenvoltura e destreza, procurando concluir a tiragem da “REDURA” o mais rapidamente possível pois normalmente daquela tinham que partir para outra onde o Marnoto já as esperava.
Acrescente-se que cada “RASA” normalmente teria entre cinco a dez cestas de sal e havia Salineiras que “TIRAVAM" em três, quatro e cinco Salinas, além de que ainda integravam a equipa que carregava e descarregava os barcos de sal e havia certos dias em que cada barco levava mais do que uma “BARCADA”. Refiro aqui por me parecer muito curioso que as Salineiras nunca eram avisadas das horas a que deveriam estar na Salina para tirar o sal, os Marnotos diziam-lhe que a tiragem era “ CEDO, ou “ATRÁS DE CEDO”, ou “À TARDE”, ou “JANTAR E IR” ou “ATRÁS DE TARDE” ou “ SEAR E IR” e elas já sabiam a que horas correspondia cada uma daquelas designações. No caso das “BARCADAS”, já era indicada a hora a que deveriam estar em determinada Salina. A Barcada era mais dura que a redura, sobretudo quando o “ESTEIRO” que dava acesso do barco ao barracão era pouco profundo e as mulheres tinham que ir por cima das MOTAS” puxando o “O BARCO À CIRGA” para ajudar os “BARQUEIROS”.
E eram estas Mulheres que ainda tinham que tratar dos filhos, ir à “SEMENTEIRA”, buscar feixes de lenha, de caruma, de “ RUSSOS” para as camas do gado e para os pátios, fazer a comida, acartar também à cabeça feixes de erva e pasto, lavar a roupa nos lavadouros, passar a ferro, entre muitas mais coisas. Eram autênticas “MULHERES DE AÇO” e “HOMENS DE BARBA RIJA”...
Hoje tudo é diferente para melhor, e ainda bem, mas é sempre de justiça não esquecer o passado…"
Gosto da concordância das emoções.
Porém, a verdade e a autenticidade nem sempre são a mesma coisa.
A verdade, por vezes, é o que convém.
A autenticidade, é a possibilidade de alguém ser capaz de revelar a realidade. O texto abaixo é isso mesmo: a revelação de uma realidade que existiu mesmo.
"Hoje tudo é diferente para melhor, e ainda bem, mas é sempre de justiça não esquecer o passado…"
Texto José Elísio Oliveira
Fotos_Arquivo pessoal de Décio Salema Neves
"Pelos meados do século passado, nos anos quarenta, cinquenta e sessenta; nesta altura do ano, O SALGADO DE LAVOS já fervilhava de grande actividade. Nas cerca de 300 SALINAS que nessa altura se encontravam activas, mais de mil trabalhadores, MARNOTOS, MOÇOS e SALINEIRAS, trabalhavam freneticamente na preparação das Salinas para as colocar em condições de produzirem o bom e se possível muito SAL LAVOENSE que haveria de ser utilizado em todo o País e até no Estrangeiro.
Procedia-se à limpeza das lamas, dos limos, dos cachelros (Salicórnia) e outros lixos que as tinham invadido desde a última “SAFRA”, durante o Outono e o Inverno. Os limos e as lamas a que os Marnotos davam respectivamente os nomes de “ESCOICE” e “TORRÃO”. Eram colocados em cima das “CILHAS” para secar e ficarem mais leves.
Salina das Craveias... |
As mulheres transportavam à cabeça, primeiramente em “GIGAS DE VIME” e mais recentemente em “GAMELAS DE MADEIRA” para determinados locais aos quais os carros de bois, camionetas ou os barcos de sal tivessem acesso para serem vendidos principalmente para a Região das Gândaras onde eram muitos apreciados como fertilizante natural (ecológico) dos terrenos onde semeavam batatas, cebolas e outros produtos hortícolas. Idêntico tratamento era dado aos limos que eram retirados dos VIVEIROS antes de serem pescados. De seguida as Salinas eram levadas a seco.
Os TALHOS onde se iria produzir o sal ficava alguns dias ao sol, para “ESTURRAR” e para que o outro que disso necessitasse fosse reparado, nos “CANEIROS”, nas “MARACHAS” ou até mesmo de alguma nascente de água doce ou salobra que se verificasse no seu interior. O passo seguinte era consolidar o piso dos talhos pelo que o Marnoto e/ou os Moços os pisassem usando os “CIRCIOS” que mais não era de que um enorme rolo de madeira (um tronco grosso de árvore) que tinha em cada extremidade uma “MANGA” que se puxava. Terminado este trabalho, passo seguinte era o “ARIAR” que consistia em cobrir os talhos com uma camada fina de areia branca que era levado das serras de que já falei (Caldista, Castanho), e de outros locais, para que o sal não ficasse directamente em contacto com o fundo do talho e não se sujasse.
Era e ainda é muito importante que o sal fosse muito clarinho é sinal de qualidade. Este procedimento foi sendo posto gradualmente de lado e hoje nas poucas Salinas ainda em actividade já ninguém o pratica.
Salina das Craveias... |
Acrescente-se que cada “RASA” normalmente teria entre cinco a dez cestas de sal e havia Salineiras que “TIRAVAM" em três, quatro e cinco Salinas, além de que ainda integravam a equipa que carregava e descarregava os barcos de sal e havia certos dias em que cada barco levava mais do que uma “BARCADA”. Refiro aqui por me parecer muito curioso que as Salineiras nunca eram avisadas das horas a que deveriam estar na Salina para tirar o sal, os Marnotos diziam-lhe que a tiragem era “ CEDO, ou “ATRÁS DE CEDO”, ou “À TARDE”, ou “JANTAR E IR” ou “ATRÁS DE TARDE” ou “ SEAR E IR” e elas já sabiam a que horas correspondia cada uma daquelas designações. No caso das “BARCADAS”, já era indicada a hora a que deveriam estar em determinada Salina. A Barcada era mais dura que a redura, sobretudo quando o “ESTEIRO” que dava acesso do barco ao barracão era pouco profundo e as mulheres tinham que ir por cima das MOTAS” puxando o “O BARCO À CIRGA” para ajudar os “BARQUEIROS”.
E eram estas Mulheres que ainda tinham que tratar dos filhos, ir à “SEMENTEIRA”, buscar feixes de lenha, de caruma, de “ RUSSOS” para as camas do gado e para os pátios, fazer a comida, acartar também à cabeça feixes de erva e pasto, lavar a roupa nos lavadouros, passar a ferro, entre muitas mais coisas. Eram autênticas “MULHERES DE AÇO” e “HOMENS DE BARBA RIJA”...
Hoje tudo é diferente para melhor, e ainda bem, mas é sempre de justiça não esquecer o passado…"
Este ano, até os "Capitães de Abril" ficam em casa...
"As flores símbolo da Revolução de Abril estão murchas, a morrer nas estufas, por falta de procura. Haverá melhor imagem para aquilo que está a acontecer à nossa liberdade?"
Fica um abraço que veio de Macau em jeito de homenagem ao 25 de Abril e ao cantor de Grândola, Vila Morena Zeca Afonso...
Fica um abraço que veio de Macau em jeito de homenagem ao 25 de Abril e ao cantor de Grândola, Vila Morena Zeca Afonso...
Festa da Sardinha versus "Sunste" e o sistema de senhas para controle de acesso às praias
A direcção da Associação Recreativa Malta do Viso decidiu cancelar a «33ª Festa da Sardinha Malta do Viso», agendada para os dias 3 a 6 de junho próximo, por motivo da actual pandemia causada pelo Covid-19.
Ontem, à tarde, sozinho, fui para um local isolado da Aldeia fazer aquilo que já não fazia há muito: uma caminhada como deve ser, uma actividade de que sentia saudades.
Aproveitei bem o tempo e o facto de estar só. E pensei na recente e já célebre entrevista publicada no Diário as Beiras, e no que o senhor presidente da câmara disse: “só vamos adiar a realização [do “Sunset”] no limite da impossibilidade de ser realizado”.
Pensei ainda mais. Cheguei a uma sugestão que talvez possa ajudar a tentar ultrapassar o problema que constitui o "Sunset" (sim, se o "Sunset" não se realizar, vai ser um problema... E se se realizar vai ser também um problema)...
Dentro do espírito colaboracionista, que é a minha imagem de marca, deixo uma sugestão a quem de direito: e que tal montar uma tenda no Parque das Gaivotas, tendo no interior meia dúzia de máquinas de costura e meia dúzia de costureiras a fazer máscaras! Depois, seria só colar um cartaz no plástico exterior da tenda a dizer: há máscaras disponíveis. Se, por mero acaso, aparecesse a fiscalização, sempre se poderia apresentar a desculpa do contributo altruista em prol da defesa da economia do concelho, que o mesmo é dizer, do bem comum.
Entretanto, sempre se poderiam ir distribuindo e vendendo outras coisitas... Sei lá? Como no verão o acesso às praias poderá só ser feito com senhas, montar lá a máquina para as distribuir e, ao mesmo tempo, ir rentabilizando o esforço e o gasto feito com a montagem da tenda, vendendo bonés, gelados, bejecas, tremoços, pevides, rolos de papel higiénico, gel desinfectanre e outras coisas. Talvez desse para desenrascar...
Quem de vocês, seus maldizentes profissionais, se atreve a atirar a primeira pedra a esta ideia?
Ontem, à tarde, sozinho, fui para um local isolado da Aldeia fazer aquilo que já não fazia há muito: uma caminhada como deve ser, uma actividade de que sentia saudades.
Aproveitei bem o tempo e o facto de estar só. E pensei na recente e já célebre entrevista publicada no Diário as Beiras, e no que o senhor presidente da câmara disse: “só vamos adiar a realização [do “Sunset”] no limite da impossibilidade de ser realizado”.
Pensei ainda mais. Cheguei a uma sugestão que talvez possa ajudar a tentar ultrapassar o problema que constitui o "Sunset" (sim, se o "Sunset" não se realizar, vai ser um problema... E se se realizar vai ser também um problema)...
Dentro do espírito colaboracionista, que é a minha imagem de marca, deixo uma sugestão a quem de direito: e que tal montar uma tenda no Parque das Gaivotas, tendo no interior meia dúzia de máquinas de costura e meia dúzia de costureiras a fazer máscaras! Depois, seria só colar um cartaz no plástico exterior da tenda a dizer: há máscaras disponíveis. Se, por mero acaso, aparecesse a fiscalização, sempre se poderia apresentar a desculpa do contributo altruista em prol da defesa da economia do concelho, que o mesmo é dizer, do bem comum.
Entretanto, sempre se poderiam ir distribuindo e vendendo outras coisitas... Sei lá? Como no verão o acesso às praias poderá só ser feito com senhas, montar lá a máquina para as distribuir e, ao mesmo tempo, ir rentabilizando o esforço e o gasto feito com a montagem da tenda, vendendo bonés, gelados, bejecas, tremoços, pevides, rolos de papel higiénico, gel desinfectanre e outras coisas. Talvez desse para desenrascar...
Quem de vocês, seus maldizentes profissionais, se atreve a atirar a primeira pedra a esta ideia?
UMA PRIMEIRA PÁGINA DO DIÁRIO AS BEIRAS PARA MAIS TARDE RECORDAR
Na minha Aldeia, uma das concretas Conquistas de Abril, passou por as crianças e os jovens ganharem o direito à prática do desporto.
Parece irrelevante, mas o direito à prática desportiva, dos Portugueses em geral, e dos jovens da minha Aldeia, em particular, foi uma conquista de Abril.
As condiçoes ainda não são as melhores, mas a melhora ainda vai acabar por ser uma realidade na Aldeia. Isto vai, amigos, isto vai...
Parece irrelevante, mas o direito à prática desportiva, dos Portugueses em geral, e dos jovens da minha Aldeia, em particular, foi uma conquista de Abril.
As condiçoes ainda não são as melhores, mas a melhora ainda vai acabar por ser uma realidade na Aldeia. Isto vai, amigos, isto vai...
quinta-feira, 23 de abril de 2020
"Que solução propõe para a requalificação do Cabo Mondego?" (4)
"O Cabo Mondego é um local especial que acumula uma rica variedade de interesses: geográfico, viveiro marítimo, paisagístico e histórico para o homem e a natureza. O futuro do Cabo Mondego deve combinar e valorizar estas particularidades e evitar a tentação do betão. Sobretudo qualquer que seja a solução a adotar, esta deve passar por um estudo rigoroso realizado por peritos dos vários domínios do conhecimento e da técnica que ali se cruzam. Não podemos voltar a cair nos erros do passado, construindo a todo o custo a obra do mandato, esquecendo as linhas de continuidade naturais e humanas do Cabo Mondego.
É naquele local que a placa continental mergulha abruptamente no mar. Os recortados rochosos submersos são preciosos para a fauna e a flora marítima local. Por isso simpatizo muito com uma solução integrada que garantisse que o manto natural que desce a Serra da Boa Viagem até ao fundo do oceano reforçasse o seu caráter selvagem.
A solução que se adotou nas Berlengas, criando uma pequena reserva nos fundos marítimos em torno das ilhas foi um sucesso a todos os níveis.
Não apenas aumentou consideravelmente a quantidade e a variedade de fauna e flora marítima na zona protegida, como atraiu turistas interessados na natureza marítima e insular e aumentou simultaneamente a quantidade de pescado nas águas circundantes.
Apesar de Portugal ser um pequeno território, é um dos países do mundo que oferece mais locais de estudo da história dos dinossauros. O Cabo Mondego faz parte desse puzzle e poderia ter uma função mais ativa no estudo científico e na divulgação deste interessantíssimo tema. Da mesma forma penso que o Cabo Mondego poderia contribuir mais para a perpetuar a memória do trabalho, das mulheres e dos homens associados à atividade de extração mineira.
Em suma, vejo com simpatia uma requalifi cação que reforçasse o caráter selvagem do Cabo Mondego, mas que simultaneamente nos contasse histórias naturais e humanas enquanto se disfrutasse de uma forma limitada da sua riqueza através de passeios, algum mergulho e alguma pesca."
É naquele local que a placa continental mergulha abruptamente no mar. Os recortados rochosos submersos são preciosos para a fauna e a flora marítima local. Por isso simpatizo muito com uma solução integrada que garantisse que o manto natural que desce a Serra da Boa Viagem até ao fundo do oceano reforçasse o seu caráter selvagem.
A solução que se adotou nas Berlengas, criando uma pequena reserva nos fundos marítimos em torno das ilhas foi um sucesso a todos os níveis.
Não apenas aumentou consideravelmente a quantidade e a variedade de fauna e flora marítima na zona protegida, como atraiu turistas interessados na natureza marítima e insular e aumentou simultaneamente a quantidade de pescado nas águas circundantes.
Apesar de Portugal ser um pequeno território, é um dos países do mundo que oferece mais locais de estudo da história dos dinossauros. O Cabo Mondego faz parte desse puzzle e poderia ter uma função mais ativa no estudo científico e na divulgação deste interessantíssimo tema. Da mesma forma penso que o Cabo Mondego poderia contribuir mais para a perpetuar a memória do trabalho, das mulheres e dos homens associados à atividade de extração mineira.
Em suma, vejo com simpatia uma requalifi cação que reforçasse o caráter selvagem do Cabo Mondego, mas que simultaneamente nos contasse histórias naturais e humanas enquanto se disfrutasse de uma forma limitada da sua riqueza através de passeios, algum mergulho e alguma pesca."
25 de Abril: Obra em vídeo celebra data online com amor e esperança
Via Notícias de Coimbra
"Um vídeo com depoimentos de pessoas que resistiram à ditadura, focado nas relações amorosas e na esperança de liberdade, vai ser exibido ‘online’ no sábado para celebrar o 25 de Abril, resultado de uma iniciativa promovida pelo primeiro-ministro."
"Um vídeo com depoimentos de pessoas que resistiram à ditadura, focado nas relações amorosas e na esperança de liberdade, vai ser exibido ‘online’ no sábado para celebrar o 25 de Abril, resultado de uma iniciativa promovida pelo primeiro-ministro."
Os avençados...
Nestes 46 anos decorridos, pós 25 de Abril, na Figueira, houve dezenas - e continua a haver - de avençados pela Câmara, pela defunta Figueira Grande Turismo, pelas águas e outras instituições pagas com o dinheiro dos contribuintes (nós).
São defesas e médios. Não são avançados. São avençados.
Porém...
A Independência e o exercício da Democracia custa os "olhos da cara", dá muito trabalho e tem custos para o cidadão comum.
O exercício da cidadania é uma actividade a tempo inteiro.
Lobrigo poucas pessoas interessadas nisso.
A começar no exercício da educação para a cidadania na sua prática quotidiana.
Vivemos numa sociedade de compadrio feito de avenças para jotinhas e familiares de autarcas vigaristas, passando por milhares de concurso públicos viciados através do suborno e do pagamento de favores eleitorais, até ao topo da hierarquia política onde se corrompe à grande e à portuguesa.
Nos últimos 30 anos - pelo menos - Portugal é um país entregue a gatunos de fato e gravata. Os saques sucedem-se, os criminosos passam entre os pingos da chuva e os danos, que se acumulam, são irreparáveis. Como é irreparável a quebra de confiança na classe política, pagando os poucos justos pela multidão de pecadores.
É verdade ou mentira o divórcio entre a população e os seus representantes eleitos?
Isso, por si só, não é preocupante?
O estado a que isto chegou é o carburante ideal para o motor da "nova" extrema-direita colocar o medo na população, instrumentalizar o fenómeno da corrupção para criar o caldo que visa ter a solução messiânica do fim da democracia, feita de discriminação, violência e autoritarismo.
Somos um País de brandos costumes. E, ao sê-lo, somo-lo também com os saudosistas do fascismo. E se nada fizermos para contrariar os abusos da elite política corrupta, outros o farão. Outros, que trarão consigo o lápis azul, a polícia política e o partido único.
E tudo começou om os avençados...
São defesas e médios. Não são avançados. São avençados.
Porém...
A Independência e o exercício da Democracia custa os "olhos da cara", dá muito trabalho e tem custos para o cidadão comum.
O exercício da cidadania é uma actividade a tempo inteiro.
Lobrigo poucas pessoas interessadas nisso.
A começar no exercício da educação para a cidadania na sua prática quotidiana.
Vivemos numa sociedade de compadrio feito de avenças para jotinhas e familiares de autarcas vigaristas, passando por milhares de concurso públicos viciados através do suborno e do pagamento de favores eleitorais, até ao topo da hierarquia política onde se corrompe à grande e à portuguesa.
Nos últimos 30 anos - pelo menos - Portugal é um país entregue a gatunos de fato e gravata. Os saques sucedem-se, os criminosos passam entre os pingos da chuva e os danos, que se acumulam, são irreparáveis. Como é irreparável a quebra de confiança na classe política, pagando os poucos justos pela multidão de pecadores.
É verdade ou mentira o divórcio entre a população e os seus representantes eleitos?
Isso, por si só, não é preocupante?
O estado a que isto chegou é o carburante ideal para o motor da "nova" extrema-direita colocar o medo na população, instrumentalizar o fenómeno da corrupção para criar o caldo que visa ter a solução messiânica do fim da democracia, feita de discriminação, violência e autoritarismo.
Somos um País de brandos costumes. E, ao sê-lo, somo-lo também com os saudosistas do fascismo. E se nada fizermos para contrariar os abusos da elite política corrupta, outros o farão. Outros, que trarão consigo o lápis azul, a polícia política e o partido único.
E tudo começou om os avençados...
ADMINISTRACÇÃO DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ
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