Os ratos já deram sinal de que estão atentos... |
Não sei se já perceberam: a Figueira tem andado, digamos assim, sem ofensa para ninguém, "a sustentar burros a pão-de-ló".
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Os ratos já deram sinal de que estão atentos... |
«József Szájer, um eurodeputado húngaro próximo de Órban, foi apanhado em Bruxelas numa orgia gay. Não faço ideia se as orgias são legais e só me interessa que toda a gente se dê bem. Ilegal era, pelos vistos, a quebra do distanciamento imposto pela pandemia em vigor. O eurodeputado tentou escapar à polícia, descendo por um algeroz, em trajes menores e com droga numa mochila. Este mesmo eurodeputado, na sua Hungria, fundou o partido que está no poder e opõe-se à igualdade de direitos para as pessoas LGBT e pretende proibir a adopção por casais homossexuais. É autor da Constituição de 2011, onde está escrito que “a Hungria protegerá a instituição do casamento como união de um homem e de uma mulher”.
Szájer talvez seja um egoísta e quererá proibir a homossexualidade alheia por não gostar de concorrência ou, então, será um dos muitos hipócritas que pregam uma coisa e praticam outra.
Em resumo e na minha opinião de especialista: este homem é um paneleiro da pior espécie, não por ser homossexual, mas por ser apenas mais um filho da puta. Não, não conheço a mãe do senhor, mas isso não tem importância nenhuma – o que assusta é saber que o mundo continua dominado por hipócritas que andam há centenas de anos a impor moral a outros, enquanto praticam o que querem proibir, envergonhados por viverem num armário donde não querem que ninguém saia. Para bem de todos, deveriam estar a receber tratamento, mas, em vez disso, estão a governar países.»