terça-feira, 5 de novembro de 2024

Onésimo Teotónio Almeida: integrados, os portugueses nos EUA “pensam como republicanos”

O filósofo e escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida aposentou-se há meses da carreira académica nos Estados Unidos da América. Entre lá e as suas ilhas, observa o risco de novo caos pós-eleitoral.  "O problema não é meramente americano. É mundial".

Concluiu uma carreira académica de cinco décadas nos Estados Unidos. Lá voltará em breve. Por agora, Onésimo Teotónio Almeida assiste a partir dos seus Açores ao desenlace das eleições presidenciais norte-americanas. Diz que não perde um sono à prova de fenómenos telúricos e crê que as instituições sobreviverão a um possível regresso de Donald Trump, mas admite os riscos de um novo cenário de caos pós-eleitoral em Washington. O filósofo e escritor, ex-professor no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade Brown, condecorado duas vezes por Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa, e escolhido por este para presidir às cerimónias do Dia de Portugal em 2018, diz que Trump é porta-voz de um problema latente. E global.

Vale a pena ler o artigo do jornal Público:

Mais do que uma análise do estado da América, reflectido nas eleições para o Governo, é uma análise do estado do mundo em que vivemos e, em última instância, da nossa condição humana. Diz Onésimo Teotónio Almeida na sua última resposta:

"... apercebo-me cada vez mais daquilo que defendi num livrinho de 2010 intitulado De Marx a Darwin. O lado animal do ser humano, hoje, está cada vez mais à solta, mesmo na América, que durante 250 anos nos fez acreditar que era possível controlar a besta obrigando-a a conviver civilizadamente. O problema não é meramente americano. É mundial. E é isso que me preocupa sobremaneira."

Nota: clicar aqui

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