«André Ventura está a tentar destruir as instituições para fundar uma nova República nos escombros desta ou apenas a combater adversários políticos? O líder do Chega tem alargado o seu espaço vital e a Comissão de Inquérito é mais um passo.»
Ilustração Alex Gozblau |
«Na noite do último 28
de maio, em plena
campanha para as europeias, o deputado
do Chega João Graça
fez questão de assinalar como positiva a
data do golpe militar
que fez “cair a I República” e abriu
caminho à ditadura. Durante um jantar em Olhão, o eleito inspirou-se na
efeméride para fazer um paralelo
com o presente: “O Chega fará cair
esta República!”
Não disse como, mas os militantes aplaudiram muito. No dia seguinte, questionado pelos jornalistas, André Ventura não censurou o dirigente e traduziu-o assim: “Penso que o deputado João Graça quis dizer que, tal como acabou a I República, nós queremos que esta República tenha também o seu fim, no sentido em que queremos outra.”
Mas acrescentou uma ressalva: “Obviamente, queremos outra democraticamente e queremos outra para ter mais democracia, não menos democracia…”
Ventura nunca escondeu que tem como objetivo o fim da República e a fundação de um novo regime. Em apenas cinco anos, conforme ganhou força parlamentar, foi acentuando os testes de stresse às instituições e aos protagonistas do “sistema”. Na campanha para as legislativas, durante um discurso em Aveiro, chegou a usar esta imagem: “Só há uma marreta capaz de destruir este sistema, e é o Chega.”»
Não disse como, mas os militantes aplaudiram muito. No dia seguinte, questionado pelos jornalistas, André Ventura não censurou o dirigente e traduziu-o assim: “Penso que o deputado João Graça quis dizer que, tal como acabou a I República, nós queremos que esta República tenha também o seu fim, no sentido em que queremos outra.”
Mas acrescentou uma ressalva: “Obviamente, queremos outra democraticamente e queremos outra para ter mais democracia, não menos democracia…”
Ventura nunca escondeu que tem como objetivo o fim da República e a fundação de um novo regime. Em apenas cinco anos, conforme ganhou força parlamentar, foi acentuando os testes de stresse às instituições e aos protagonistas do “sistema”. Na campanha para as legislativas, durante um discurso em Aveiro, chegou a usar esta imagem: “Só há uma marreta capaz de destruir este sistema, e é o Chega.”»
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