Portugal é um País com escassos recuros. O turismo tem sido uma bênção. Contudo, é preciso equilíbrio para que não se torne uma maldição.
Estamos a um passo, se não houver juizinho, de matar "a galinha dos ovos de ouro".
Estamos a um passo, se não houver juizinho, de matar "a galinha dos ovos de ouro".
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai identificar áreas que serão de tolerância zero para o estacionamento de tuk-tuks. |
"Lisboa vai obrigar tuk-tuks a terem licença e os seus condutores a terem formação profissional.
Câmara quer limitar a 500 os veículos habilitados a estacionar no espaço público. Certas zonas da cidade ficarão restritas a veículos eléctricos.
Moedas pede ao Turismo de Portugal limite de licenças."
Câmara quer limitar a 500 os veículos habilitados a estacionar no espaço público. Certas zonas da cidade ficarão restritas a veículos eléctricos.
Moedas pede ao Turismo de Portugal limite de licenças."
David Pontes no jornal Público.
«Em 1975, o economista George Doxey criou uma escala que ajuda a perceber a forma como os habitantes locais vão alterando a sua avaliação em relação ao turismo numa estreita relação com o número de visitantes que vão recebendo. Num primeiro momento, a sensação é de “euforia”, mas conforme o volume de turistas vai aumentando segue-se o estado de “apatia”, o de “irritação”, até chegar ao topo, o de “antagonismo”. Uma tradução escalada do popular “o que é de mais é moléstia”.
Barcelona, Canárias, Amesterdão e Santorini são bons exemplos de locais onde o estado de antagonismo já foi atingido.
Como alertou Ricardo Paes Mamede, num texto intitulado, quando vamos assumir que o turismo se tornou um problema?, "é preciso olhar “para implicações estruturais para o desenvolvimento das economias a prazo” e procurar um equilíbrio que será sempre muito mais fácil de encontrar antes de atingirmos o último escalão do índice de Doxey.
Num país com escassos recursos, o turismo tem sido uma bênção, e é da responsabilidade tanto dos autarcas como dos responsáveis governamentais que ele não se torne uma maldição. O sector ainda tem margem para crescer em Portugal, mas precisa de o fazer de forma inteligente e, infelizmente, escasseiam os sinais de que esteja a aprender com os erros dos outros.»
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