sábado, 2 de dezembro de 2023

Importância da crítica e pobreza do proselitismo

"... muito mais do que armazenar conhecimento, importa o desenvolvimento da capacidade crítica. Juntando logo que, ao contrário do proclamado pelo senso comum, criticar não significa «dizer mal», ou ser-se acintoso com alguém de quem discordamos, mas exprimir convictamente uma dúvida ou hipótese alternativa destinada a abrir perspetivas dinâmicas e a impedir que alguma teoria ou interpretação possa ser tomada como indiscutível e definitiva.

Contrária à valorização da capacidade crítica é a experiência do proselitismo. Por meio do doutrinamento e da tentativa de conversão, procura impor formas de pensar pautadas pela rigidez e pelo dogmatismo, para as quais, quando a realidade muda, o problema é da realidade. Teve de início uma dimensão religiosa, associada à vontade de impor uma fé a todas as outras. No entanto, nos séculos XIX e XX, com a expansão das ideologias, ganhou um perfil abertamente político, em particular quando encontrou os programas e experiências que produziram os grandes sistemas totalitários".

Crónica publicada no Diário as Beiras.
Para ler melhor, clicar na imagem.
Versão ampliada de artigo publicado no Diário As Beiras de 2/12/2023, no blogue A Terceira Noite.

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