Via O JUMENTO
"Ainda antes de qualquer relatório da IGF já se sabia que o despedimento da CEO, de preferência recorrendo a uma cerimónia pública era uma causa justa. Num mundo político dominado pelo populismo, onde os políticos usam a “opinião pública” orientada por opinion makers que parecem ser devotos ou mesmo apóstolos do André Ventura, já se sabia qual seria a conclusão que seria vertida no relatório da IGF. Se assim não fosse, agora estaria essa opinião pública a questionar a competência daquela Inspeção-Geral.Muito antes daquele relatório já se sabiam as consequências, apenas faltavam os argumentos. Depois de tudo o que ouvimos o Presidente da República dizer, com todo o OS mais preocupado com o Medina do que com a justiça, já se sabia que a melhor maneira de satisfazer as exigências da oposição, satisfazer o Costa, manter oMedina e permitir a Marcelo Rebelo de Sousa lavar as mãos como Pilatos, seria incinerar a CEO da AP ao estilo doKim Jong-um, com uma rajada de uma metralhadora antiaérea, carrega-se no botão e com uma rajada de segundos o assunto está encerrado.
Aquilo a que assistimos não foi um despedimento por justa causa, a prova de que era uma causa justa, mas sim um auto de fé, ao estilo de democratas que para conseguirem votos ou manterem-se no poder fazem um breve intervalo nos seus maravilhosos valores democráticos e em vez de se inspirarem na lei e na Constituição, despacham o assunto seguindo as normas do Malleus Mallificarum.
Neste momento parece o fim do jogo, o pessoal abandona o estádio e não esconde a alegria pelo resultado na entrevista à CMTV. Mas daqui a uns tempos, vamos ler numa notícia de rodapé dos jornais que a CEO ganhou o processo em tribunal e que teremos de lhe pagar os ordenados e ainda os prémios de desempenho, que depois de tantos elogios por parte do governo ninguém demonstrará que não são merecidos."
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