António Cândido de Oliveira Especialista em poder
local defende que se deveriam aproveitar os próximos
quatro anos para fazer uma “quase-revolução” e
melhorar a participação dos cidadãos no poder local. Numa entrevista hoje publicada pelo jornal Público, afirma que “a vivência da democracia local começa no dia a seguir ao das eleições. A democracia local só o é
quando for uma relação viva e permanente entre eleitores e
eleitos. Se não percebermos que a
democracia local é o poder dos
eleitores e não de um poder que se
esgota no dia das eleições, não
temos a percepção do que é a
democracia local. Temos agora um
tempo óptimo para fazer uma
quase-revolução a nível local, que
seria levar os cidadãos a
interessarem-se mesmo pela vida
do seu município e da sua
freguesia. O que eu mais desejava
era que, neste período entre
2021-2025, se fizesse essa revolução
com vista à consciencialização da
democracia local e as alterações
legislativas necessárias. Há tanta
coisa a fazer no aprofundamento
da democracia!”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário