Carlos Bettencourt, de seu nome completo Carlos Maria de Jesus Bettencourt, nasceu nos Açores na ilha Graciosa em 31 de março de 1943. Faleceu sexta-feira ao fim da tarde com 78 anos.
Devido a problemas de saúde e à sua deficiente mobilidade, encontrava-se a residir no Lar de Santo António desde julho de 2015. Problemas mais graves levaram ao seu internamento no HDFF na passada semana, onde faleceu na passada sexta-feira ao fim da tarde.
O seu corpo foi cremado ontem sábado dia 10 de julho no Complexo Funerário da Figueira da Foz.
Conheci e tornei-me amigo do Carlos Bettencourt na década de 80 do século passado. Fomos colegas de profissão – Ajudantes de Despachante. Ele no escritório do Despachante José Moreira da Silva e eu noutro. Era um ser humano bondoso e bonacheirão. Era um Homem sem maldade e genuíno. Tinha uma constituição física robusta, mas tinha uma alma pura de criança.
Nesses anos, que duraram até ao final de 1992, teve uma vida desafogada. Depois, com a livre circulação de pessoas e bens a nossa profissão deixou de existir em pequenas cidades como a Figueira da Foz. Só em Lisboa e Porto a troca de mercadorias com terceiros países tinha expressão para permitir manter alguns postos de trabalho.
Os Ajudantes de Despachante foram as primeiras vítimas da entrada de pleno direito de Portugal na CEE. No tratado estava escrito que nenhum cidadão podia ser prejudicado, mas nós fomos abandonados por Portugal e pela Europa.
O Carlos Benttencourt meteu-se num negócio que correu mal.
Passou por dificuldades. Teve a ajuda do seu amigo e então Director do
semanário a Voz da Figueira, Carlos Alberto Lopes de Carvalho, já falecido.
Tive conhecimento, via O PALHETAS DA FOZ do seu falecimento.
Descansa em paz caro amigo.
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