O amor, presumo, é determinante nas vidas de todos nós.
Para muitos de nós, diria que é a mola real que nos faz mover.
E o amor só pode ser entendido em toda a sua dimensão.
Há dias em que nos apetece uma história bonita e romântica.
Hoje, no jornal AS BEIRAS, Jot Alves assina uma prosa que conta uma bonita e comovedora história de amor.
Com a devida vénia, passo a citar.
"Maria Providência Marques está, aos 84 anos, a viver uma segunda vida. Depois de ter passado mais de meio ano entre a cadeira de rodas, o sofá e a cama, vai participar, no próximo domingo, na caminhada da Meia-Maratona da Figueira da Foz. A surpreendente recuperação da octogenária figueirense tem o contributo do marido, António Marques, de 87 anos. Esta é, pois, uma história de amor e superação, protagonizada por dois octogenários que prometeram viver juntos até que a morte os separe, na saúde e na doença.
De repente, uma enfermidade neurológica retirou a Maria Marques a mobilidade e outras funções motoras - deixou de andar e comer, ficando totalmente dependente. Seguiu-se o tratamento e a institucionalização no Lar de Santo António, da Misericórdia-Obra da Figueira. “Quando decidimos que o melhor era ela ir para o lar [problemas de saúde impedem a filha única, Rosa Marques, de 59 anos, de cuidar dos pais], disse logo que ia com ela. Tive de ir com ela, não podia deixá-la sozinha”, conta António Marques.
Teve de esperar algum tempo, até haver um quarto de casal livre na instituição.
Entretanto, passava os dias com ela, a dar-lhe de comer, a incentivá-la para não desistir de tentar recuperar a sua autonomia motora e ajudando-a a caminhar. “Com a ajuda dos funcionários do lar, que têm sido incansáveis”, ressalva.
Até na caminhada da meia-maratona participam os dois. “Tenho de acompanhá-la, porque precisa da minha ajuda”, ressalva António Marques. Maria Marques não garante que vai fazer o percurso completo, mas promete ir até onde puder, e já deu provas de que pode ir mais longe do que ela própria imaginava."
Para muitos de nós, diria que é a mola real que nos faz mover.
E o amor só pode ser entendido em toda a sua dimensão.
Há dias em que nos apetece uma história bonita e romântica.
Hoje, no jornal AS BEIRAS, Jot Alves assina uma prosa que conta uma bonita e comovedora história de amor.
Com a devida vénia, passo a citar.
"Maria Providência Marques está, aos 84 anos, a viver uma segunda vida. Depois de ter passado mais de meio ano entre a cadeira de rodas, o sofá e a cama, vai participar, no próximo domingo, na caminhada da Meia-Maratona da Figueira da Foz. A surpreendente recuperação da octogenária figueirense tem o contributo do marido, António Marques, de 87 anos. Esta é, pois, uma história de amor e superação, protagonizada por dois octogenários que prometeram viver juntos até que a morte os separe, na saúde e na doença.
De repente, uma enfermidade neurológica retirou a Maria Marques a mobilidade e outras funções motoras - deixou de andar e comer, ficando totalmente dependente. Seguiu-se o tratamento e a institucionalização no Lar de Santo António, da Misericórdia-Obra da Figueira. “Quando decidimos que o melhor era ela ir para o lar [problemas de saúde impedem a filha única, Rosa Marques, de 59 anos, de cuidar dos pais], disse logo que ia com ela. Tive de ir com ela, não podia deixá-la sozinha”, conta António Marques.
Teve de esperar algum tempo, até haver um quarto de casal livre na instituição.
Entretanto, passava os dias com ela, a dar-lhe de comer, a incentivá-la para não desistir de tentar recuperar a sua autonomia motora e ajudando-a a caminhar. “Com a ajuda dos funcionários do lar, que têm sido incansáveis”, ressalva.
“Amor à primeira vista”
A ginástica, a fisioterapia, a ajuda do marido e do pessoal do lar conseguiram que a antiga costureira voltasse a andar, mas, sem a sua força de vontade, o resultado não teria sido o mesmo. “Estou muito melhor, mas pensava que não ia recuperar”, afirma Maria Marques. “Ela é uma lutadora. É o resultado da nossa vida, que nos obrigou a lutar muito para conseguirmos fazer uma casa”, acrescenta o marido, antigo serralheiro mecânico. O casal trabalhou em Lisboa, tendo regressado à Figueira da Foz há 27 anos. Sempre juntos. “Foi amor à primeira vista”, afiança ele. “Pois foi”, corrobora ela. Até na caminhada da meia-maratona participam os dois. “Tenho de acompanhá-la, porque precisa da minha ajuda”, ressalva António Marques. Maria Marques não garante que vai fazer o percurso completo, mas promete ir até onde puder, e já deu provas de que pode ir mais longe do que ela própria imaginava."
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