"Tomaram posse há pouco mais de dois meses os novos órgãos autárquicos no Município da Figueira da Foz. A Câmara Municipal, o órgão autárquico colegial, em temos de representatividade política ficou reduzida, face ao anterior mandato, a três elementos, três Vereadores da oposição (PSD). Preocupada, desde o inicio, assisto a um “desacerto” entre elementos da Vereação do PSD. Tal como um par a dançar, que não se conhecendo demora a “acertar o passo”, a arbitrariedade das posições defendidas e a incoerência das posições, preocupam-me!
Preocupa-me porque acredito no sistema democrático. Acredito que é na plenitude do seu funcionamento, que uma oposição objectiva e coerente é o condimento essencial para que todos percebam as diferentes opções políticas e partidárias. Ser oposição não é simplesmente ser do contra, ser oposição é confrontar as políticas propostas por quem governa, com as suas propostas eleitorais. É evidenciar essas diferenças, é censurar procedimentos erróneos, fazer novas propostas para percebemos a tomada de posição e as alternativas politicas, construindo assim um sólido edifício ao longo de um mandato a que chamamos de “alternativa política”.
Afinal propuseram-se a eleições por um partido político, subscreveram um programa para uma governação a quatro anos, tinham um desígnio comum para a cidade, não há liberdade individual que justifique tais “desacertos” pois, a bem da democracia, “acertem-se”!"
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O desacerto", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, publicada no jornal As Beiras.
1 comentário:
Ó dona Isabel mas se nem o próprio partido se acerta como pode o resto andar certo?
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