"É sempre ingrato pedir que baixem o volume da aparelhagem, ou que não falem tão alto no meio da rua durante a noite; ou ainda que mandem calar o cão que ladra sem parar. Os outros querem fazer barulho, nós queremos ter sossego e poder dormir. Haverá que encontrar um meio termo e acautelar, acima de tudo, a saúde pública. O esvaziamento do Bairro Novo, e a desvalorização das casas, também se deve ao ruído. É impossível para uma família com crianças viver paredes meias com um bar que tem a porta aberta até às 4 horas de madrugada. Se ainda fechassem a porta impedindo que o ruído se espalhasse, mas nem isso acontce. Fiscalização e medição dos níveis de ruído? Não há. Logo é difícil passar coimas e provar que é “este bar” que está “acima da Lei”. A Câmara Municipal faz cartas de ruído, apresenta regulamentos e é a entidade reguladora neste campo. Contudo, a sua ação é tanto ineficaz quanto conivente com o ruído excessivo. Autorizar concertos de rock em espaços públicos após as 24h00, afetando zonas residenciais, é um atentado à paz dos munícipes. Impedidos de dormir, sofrem em silêncio. As queixas dirigidas à PSP tem uma resposta única: “A Câmara Municipal autorizou, têm licença de ruído, logo nós não podemos fazer nada”. Noutras latitudes é impensável uma Câmara Municipal autorizar concertos, bailes, eventos,... etc , em zonas residenciais depois das 23h. Por cá, passa-se o oposto a própria Câmara patrocina e autoriza eventos em espaços públicos que têm início após a meia-noite."
Nota de rodapé.
Esta crónica foi hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
1 comentário:
Mas estamos a brincar? "Música" no jardim às 24h/0h?
Só porque aquilo é promovido pelo Menino do Surf e funcionário da CMFF convém agora em alturas de eleições.
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