A
Figueira sempre apanhou as modas ocidentais com atraso.
Nos anos sessenta, o nosso Portugal feminino chorava ao ritmo lento e valsa atenta, do folhear das páginas de fotonovelas. Corin Tellado era nome de Espanha, mas do Brasil vinha o recheio do Capricho e outros romances em fotos quadriculadas, de princesas escondidas como costureirinhas, à espera dos príncipes de poupa e popó a condizer .
Por cá, a Crónica Feminina , publicada em frenético ritmo semanal a partir de 1956, moldava subtilmente a mente feminina, com sentires estranhos a um povo ainda rural e sem acesso a outros meios de informação mais sofisticados e massificados, apesar da rádio e de um Simplesmente Maria que futuramente se ficou pela simplicidade do nome Maria, numa versão sucedânea da Crónica e que eventualmente a suplantou no coração das leitoras.
Nos anos sessenta, o nosso Portugal feminino chorava ao ritmo lento e valsa atenta, do folhear das páginas de fotonovelas. Corin Tellado era nome de Espanha, mas do Brasil vinha o recheio do Capricho e outros romances em fotos quadriculadas, de princesas escondidas como costureirinhas, à espera dos príncipes de poupa e popó a condizer .
Por cá, a Crónica Feminina , publicada em frenético ritmo semanal a partir de 1956, moldava subtilmente a mente feminina, com sentires estranhos a um povo ainda rural e sem acesso a outros meios de informação mais sofisticados e massificados, apesar da rádio e de um Simplesmente Maria que futuramente se ficou pela simplicidade do nome Maria, numa versão sucedânea da Crónica e que eventualmente a suplantou no coração das leitoras.
A
sofistificadíssima revista Maria,
pelos idos de 2000, vendia-se a uma multidão de cerca de 300 mil
leitoras!..
Nenhum
outro órgão de comunicação social, talvez com a excepção da televisão,
se aproximou sequer desse nível de penetração num público alvo tão específico.
Na
Figueira, só há pouco as mulheres começaram a abrir algumas brechas no muro da comunicação social masculinizada.
E logo - o que é chic! - na televisão!..
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