domingo, 11 de agosto de 2013

"Swaps" ou o lado negro da força

Poderiam ser citadas  inúmeras passagens deste texto de leitura obrigatória de Pedro Santos Guerreiro.
Ficam estas.

“O relato é feito amiúde por "arrependidos" que largam o vício do dinheiro. Sim, do dinheiro: a banca de investimento paga os salários mais altos do mundo empresarial. Os salários não, os prémios. Prémios que dependem de desempenho. Desempenho que depende de angariar lucro. Lucro que depende muitas vezes de transaccionar risco para os clientes. O português João Ermida deixou de ganhar milhões por ano no Santader porque já não suportava olhar-se ao espelho e publicou um livro expiando os seus pecados. O americano Greg Smith escreveu uma carta memorável, "Porque estou a sair da Goldman Sachs", retrato cru de uma organização disposta a sacrificar os interesses de clientes no vórtice da obcecação pelo seu próprio lucro.”


“Os Pais Jorges são peões minúsculos no tropel deste processo. A sua entrada no Governo até podia ser boa pela razão que leva empresas de "software" a contratar "piratas": pelo que sabem. O senhor estatelou-se em mentiras e foi cuspido, num processo político e mediático que dispersa a nódoa, destruindo peões e a imagem dos partidos, mas desinteressado do essencial: a preservação das acções políticas de devedores compulsivos e financeira de credores ardilosos que gerou este escândalo e gerará o próximo. O regime transformou-se num esquema.”

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