"Há alguns meses atrás foi-nos dada a oportunidade de participar nogrupo de trabalho para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar- Marinha Grande, bem como no do Plano Estratégico da Figueira da Foz. Em ambos os casos defendemos o mar e a deriva litoral, esclarecendo sempre que esse era, e é, o foco das nossas preocupações. Hoje sabemos que estivemos a falar para o boneco e confirmamos com desalento que para os técnicos a orla costeira se desenvolve com apoios de praias e duches... A convicção desta gente é de tal forma vincada que propõem agora paredões com 4m de altura paralelos à costa para proteger os ditos apoios da ameaça permanente do mar, que teimam em não querer conhecer. Para Buarcos avançam com a possibilidade da construção de três paredões com 150m, no Costa, na Pedra Grande e no Teimoso, com um valor global de 13 500 000 euros. Para o sul do Mondego temos ainda cerca de 50 000 000 euros para betão entre espigões e outros tantos paredões paralelos à costa, com a justificação da falta de areia. Na proposta premiada que submetemos ao Concurso de Ideias para a Praia, promovido pela CMFF para contributos ao POOC, reiterámos o BYPASS sob o Mondego como solução alternativa para a reposição da deriva litoral que iria minimizar o impacto da erosão. Insistimos com o representante do POOC para honrarem o compromisso da inclusão da possibilidade do BYPASS no âmbito das propostas agora em discussão. Sabemos agora que a nossa proposta, pela sua natureza, dificilmente poderá competir com a ambiçao de forrar a frente de mar com betão. Viva o desenvolvimento!"
domingo, 15 de julho de 2012
No mínimo, isto é muito intrigante...
"Há alguns meses atrás foi-nos dada a oportunidade de participar nogrupo de trabalho para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar- Marinha Grande, bem como no do Plano Estratégico da Figueira da Foz. Em ambos os casos defendemos o mar e a deriva litoral, esclarecendo sempre que esse era, e é, o foco das nossas preocupações. Hoje sabemos que estivemos a falar para o boneco e confirmamos com desalento que para os técnicos a orla costeira se desenvolve com apoios de praias e duches... A convicção desta gente é de tal forma vincada que propõem agora paredões com 4m de altura paralelos à costa para proteger os ditos apoios da ameaça permanente do mar, que teimam em não querer conhecer. Para Buarcos avançam com a possibilidade da construção de três paredões com 150m, no Costa, na Pedra Grande e no Teimoso, com um valor global de 13 500 000 euros. Para o sul do Mondego temos ainda cerca de 50 000 000 euros para betão entre espigões e outros tantos paredões paralelos à costa, com a justificação da falta de areia. Na proposta premiada que submetemos ao Concurso de Ideias para a Praia, promovido pela CMFF para contributos ao POOC, reiterámos o BYPASS sob o Mondego como solução alternativa para a reposição da deriva litoral que iria minimizar o impacto da erosão. Insistimos com o representante do POOC para honrarem o compromisso da inclusão da possibilidade do BYPASS no âmbito das propostas agora em discussão. Sabemos agora que a nossa proposta, pela sua natureza, dificilmente poderá competir com a ambiçao de forrar a frente de mar com betão. Viva o desenvolvimento!"
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4 comentários:
O Gonçalo Cadilhe já fez uma nova publicação no seu Facebook onde diz que afinal já não vão para a frente com estas Obras
Deixo aqui o Link do Facebook dele e o texto http://www.facebook.com/goncalocadilhe
BOAS, EXCELENTES NOTÍCIAS
Recebo mail de Sérgio Barroso, coordenador executivo da Equipa Técnica CEDRU/Universidade de Aveiro, a quem o INAG adjudicou a revisão do POOC Ovar-Marinha Grande. Cito o mais importante: “no âmbito de um exercício de cenarização das várias hipóteses de resposta de defesa costeira, (…) foram ponderadas várias formas de actuação face aos graves problemas de erosão que afectam este território, tendo sido equacionada a possibilidade de instalar quebra-mares destacados submersos (nunca emersos), em alguns troços mais críticos, que teriam de ser obrigatoriamente sujeitos a um projecto específico e a respectiva avaliação de impacte ambiental e só depois disso, eventualmente, concretizados. No entanto, independente de eventuais implicações (ambientais, económicas, para a prática do surf, etc), face aos elevadíssimos custos destas intervenções o cenário que as contemplava não foi defendido pela Equipa Técnica, não foi escolhido pelas entidades ouvidas e não irá ser considerado no desenvolvimento dos trabalhos conducentes a uma proposta de Plano. Sublinho, que não irá ser considerado no futuro desenvolvimento do Plano.” Obrigado Sérgio Barroso pela informação elucidativa e tranquilizante, e pelo convite a reunir e manter-me, aliás, mantermo-nos, informados!
O Gonçalo Cadilhe já escreveu um novo texto no seu facebook onde diz que afinal estas obras já não vão para a frente
Obrigado pelos esclarecimentos e pelas "boas e excelentes notícias". Tenho estado afastado da internet...
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