Tenho dificuldade em compreender o fascínio das pessoas pelo jogo. Se é para serem derrotados, bem podiam decidir-se por uma máquina de cigarros.
Pelo menos, essas, dão sempre um prémio de consolação.
João Ataíde, há pouco mais de dois anos, trocou o cargo de juiz desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra para se dedicar à política.
O actual presidente da Câmara da Figueira foi a jogo, nas condições já então conhecidas pela sua equipa, e ganhou.
Agora, tem de começar a jogar a sério… O tempo do entretenimento já acabou.
Tem já menos de meio mandato para demonstrar o que realmente vale.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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