Na quinta-feira passada, nest post, tinha aflorado o assunto…
Nunca esperei foi um desfecho tão trágico, como o que acabei de ler no Diário de Coimbra de hoje: “o trabalhador dos SMTUC alegadamente envolvido no desvio de 600 euros da empresa de transportes urbanos, um caso que foi abordado quarta-feira na reunião da Câmara Municipal de Coimbra, suicidou-se ontem por enforcamento…”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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