Fernando Martins, árbitro dos distritais de Aveiro, apitou ontem o Beira Mar-Sporting.
O Sporting, tornou a não vencer. Em três jogos oficiais, nem uma vitória ainda conseguiu. E só tem um golo marcado!..
Desta vez, porém, não pode queixar-se do improvisado árbitro, cujo trabalho fez inveja a muitos da 1.ª categoria.
Fernando Idalécio Martins, até ontem um desconhecido, é um árbitro de Aveiro que não conta para as "contas" do Conselho de Arbitragem da Liga de futebol.
Contudo, Fernando Idalécio Martins, até ontem um desconhecido, e os seus desconhecidos auxiliares fizeram uma arbitragem impecável.
Como se viu ontem, Fernando Idalécio Martins, até ontem um desconhecido, e os seus desconhecidos auxiliares, provaram que arbitrar um jogo de futebol não é assim tão difícil!..
Logo, a grande lição a tirar desta partida de ontem entre o Beira-Mar e o Sporting é que se um árbitro dos regionais, fez um excelente trabalho, em relação aos semiprofissionais, que ganham mais de mil euros por jogo, fora outras mordomias, como motorista particular, é aceitável suspeitar que existem grandes interesses em torno do futebol…
Portanto, é fácil deduzir que na arbitragem, tal como no resto, na justiça e na política, por exemplo, erra-se em Portugal, muitas vezes, porque existem interesses… E grandes!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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