De hoje a 8 dias, no momento a que estou a colocar este post, já estarão abertas as mesas de voto.
Estamos a uma semana para as presidenciais, portanto.
O momento é delicado. Portugal, atravessa tempos difíceis. As pessoas estão desiludidas com os políticos.
Mas, as pessoas também sentem medo. Medo do presente, mas, sobretudo, medo do futuro.
No acto eleitoral de 23 de Janeiro próximo, talvez mais que nunca, os eleitores portugueses deveriam ir às urnas.
Contudo, neste momento, o maior medo de todos os candidatos é a abstenção.
O País está com medo.
Isso é perigoso, pois não há como o medo para transformar votantes em ratos assustados.
Esse é o meu medo!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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