A cidade vai estar em festa. Já hoje, mais logo à noite, na Avenida 25 de Abril, a partir das 21H30, teremos o desfile das marchas.
Participam extra-concurso Os Amigos Terra e Mar, a marcha Vila Maria (as duas da Praia de Mira), a Marcha Popular de Brasfemes (Coimbra) e a marcha de Vila Nova de Anços (Soure). A Imperial Neptuna – Tuna Académica da Figueira da Foz abre o desfile, seguindo-se a marcha do Centro Paroquial de Maiorca, que junta 55 crianças. O concurso fica para as três marchas figueirenses (Quiaios Clube, do Rancho Etnográfico de Lavos e do Grupo de Instrução e Sport, de Buarcos), que voltam a desfilar na noite de 24, no Coliseu Figueirense. Neste desfile participam ainda as marchas do Grupo de Danças e Cantares “Viver em Alegria” (Coimbra), do Centro Social e Paroquial de Meãs do Campo (Montemor-o-Velho) e de Antanhol (Coimbra). Por seu lado, a vertente religiosa associada ao santo popular mantém a missa solene na Igreja Matriz de S. Julião, seguida da procissão e da bênção do mar.
O Mercado Municipal recupera o baile são-joanino, dia 24, pelas 15H00.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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