Não se passa disto... E, a tragédia, é que nada disto já espanta!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Quantas vezes sorrimos com vontade de chorar...
Quantos vezes mentimos a nós próprios...
Quantas vezes mentimos mostrando aquilo que a nossa alma não reconhece...
Sim é verdade!...
Que quem não mente,também não "gagueija"...
Que quem da verdade faz devisa,sente-se livre e não esconde os seus verdadeiros sentimentos...
Valerá a pena?...
Sem dúvida que sim...
Amontoam-se os "Heróis de papelão",por tanta "fotocópia" acumularem na vida...
São tantas,tantas...que umas se confundem com as outras,e perdem-se num "imaginário de felicidade" que por isso mesmo não é real,...e pela simples razão de que é condicionada...
Não é feita com a mobilidade dos seus passos...
Nem com a alegria dos seus instintos...
E sinta-se o que eu digo!...
Quem será feliz a caminhar ao ritmo que outros determinam?...
A dizer sim e não,como aqueles "bonequitos" de pedra que abanam a cabeça conssoante o "deambular do seu dono"!...
Ninguém!!!...
Também escondo sentimentos?
Sim escondo...
Sabem porquê?...
Para não dar azo aos patetas que são felizes com as tristezas dos outros...
E assim,...como não me encontram na mó de baixo,vão como sempre para casa cabisbaixos,...e eu sabendo dessa realidade... escangalho-me a rir deles nas suas próprias costas...
Bem,...aproveito para melhorar a minha moral,e quando voltar às minhas tristezas,...até já não estou tão triste...e melhor ainda...mais disponível me encontro para ser eu próprio...
Só se vive uma vez,e também só uma vez temos a oportunidade de marcar a nossa própria diferença...
Quem por mim "passou" sabe quem eu sou...se não sabe!...
Então não "passou"...
O COMENDADOR
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