Foto de Pedro Cruz
Neste blog não se publicam comentários anónimos.
Simplesmente, porque no entender dos seus responsáveis, Portugal, é uma democracia onde a cidadania pode ser exercida responsavelmente por qualquer um de nós. E, a Figueira, é uma Terra de liberdade.
Quem quiser comentar pode fazê-lo, simplesmente tem de assumir as ideias que defende.
Aqui, a liberdade para comentar é total. Só que, liberdade, implica responsabilidade.
A liberdade, caminha concomitantemente com responsabilidade.
Ponto final.
De vez em quando, amigos nossos e leitores do Outra Margem, em tom de brincadeira, presumimos nós, “acusam-nos de censores”.
Para que conste, por ser verdade, esta nossa tomada de posição, de só permitirmos comentários devidamente identificados, ficou a dever-se ao jorro de estupidez, ignorância e falta de educação, que algumas criaturas, a coberto da cobardia do anonimato, aqui foram exibindo….
Cada vez estamos mais cientes do acerto da opção que tomámos. Por duas razões principais:
1. Os anónimos que aqui perdiam o seu tempo, certamente passaram a utilizá-lo de outra maneira e com mais utilidade: a cultivar-se, a estudar, a intervir em causas sociais, a ouvir música, a ver filmes, a beber uns copos, a dar uns passeios, enfim, a fazer alguma coisa produtiva, senão para a comunidade, pelo menos, para eles mesmo.
2. Isso, aliviou-nos e permitiu-nos também utilizar de outra maneira e com mais utilidade, o precioso tempo que perdíamos a analisar demonstrações do mais baixo que a condição humana gera…
Ficámos, portanto, todos a ganhar.
Sendo assim, e porque a fórmula está a resultar, só há que continuar.
Já, agora, embora isso não seja o mais importante, desde que tomámos esta medida higieno-profilática, os números demonstram que aumentou substancialmente a leitura deste espaço.
Terá sido apenas coincidência?..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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